Lembra, caro leitor, daquele patético vídeo do “levante com Maduro”? Talvez a coisa mais tosca já postada nas redes sociais, e como recordar é viver, lá vai (recomendo Engov com Plasil antes):
Pois bem: no país em que as escolas e universidades estão tomadas por esses tipos idiotas, em que militantes comunistas se disfarçam de professores e ajudam a criar esses monstrinhos, em que na imprensa pululam os mesmos simpatizantes do socialismo, e que na política ainda temos diversos defensores da mesma ideologia assassina que estiveram no poder por mais de uma década recentemente, ainda tem gente com a cara de pau de repetir que Bolsonaro enxerga fantasmas imaginários ao falar da ameaça socialista. É mole?
Para surpresa de ninguém, a UNE saiu em defesa do ditador venezuelano, fazendo coro ao PT e PSOL. Sim, a esquerda radical não está “dividida” sobre o tema, como pensam alguns. As “críticas” do PSOL à postura de Gleisi Hoffmann desde quando decidiu ir na posse do tirano são pura jogada de marketing, estratégia das tesouras. Afinal, estão todos da esquerda contra o presidente reconhecido por várias nações livres. Se você é contra Guaidó e prega “solução pacífica por meio do diálogo”, dando a entender que Maduro deve permanecer no poder, então só há uma constatação a ser feita: você defende Maduro!
Ben Shapiro dedicou cerca de um terço do seu podcast desta quinta ao tema Venezuela, e afirmou exatamente isso. Mostrou, por A mais B, como foi o socialismo que destruiu o país rico em petróleo, e como tudo começo com Chávez, enquanto os “intelectuais” se derretiam de amores pelo bufão socialista, que iria “distribuir riquezas” e realizar a “justiça social”. Na prática, pilhava o estado, expropriava propriedades, adotava medidas populistas insustentáveis, tudo devidamente apontado pela direita na época. Liberais e conservadores já sabiam do capítulo final do “socialismo do século XXI” desde o primeiro ato chavista.
Foi o mesmo com Cuba: Fidel Castro e Che Guevara eram paparicados pela intelligentsia americana e mundial enquanto preparavam a destruição da ilha caribenha, transformada num Gulag miserável. E eis o ponto para o qual Shapiro chama a atenção: ninguém da mídia mainstream cobra respostas e explicações dessa gente. Onde estão os jornalistas colocando microfones na cara de Michael Moore e pedindo explicações, após ele elogiar tanto a Venezuela? Por que não fazem o mesmo com Oliver Stone, com Bernie Sanders, com Alexandria Ocasio-Cortez, apenas para citar alguns?
O segredo do relativo sucesso de marketing do socialismo sempre foi se esquivar dos repetidos estragos causados por ele ao longo de um século. Sempre deturparam a ideologia, a culpa nunca é do modelo em si, e quando fica realmente impossível defender os regimes socialistas, logo dão um jeito de acusa-los de… fascistas! Sacrificam Stalin para poupar Lenin e Trotski. Queimam Maduro para blindar Chávez. E evitam ao máximo o uso da palavra socialismo quando descrevem a tragédia produzida por nada mais, nada menos do que o socialismo.
UNE, MST, PT, PSOL: é tudo muito podre, tosco, abjeto. E a mídia mainstream, que força a barra para protege-los, é igualmente nojenta e merece desprezo, talvez até maior porque simula uma isenção e uma imparcialidade que não possui. A diferença é que agora há reação, temos as redes sociais, grupos estudantis de direita, realizando protestos não pela defesa de tiranos assassinos, mas sim pela liberdade. É o caso desse grupo que está convocando o público para um protesto contra a UNE e Maduro:
Essa garotada merece nosso total apoio. Afinal, a UNE não representa estudante algum. Representa apenas a escória da humanidade, os bandidos disfarçados de políticos, os tiranos opressores que perseguem inocentes. É isso que a União Nacional dos Esquerdistas defende. Estudante de verdade não quer saber de socialismo, até porque se estudou mesmo sabe que o troço é nefasto, podre. É preciso mostrar a esses bajuladores de ditadores vermelhos que o Brasil mudou e não vai mais aceitar calado essa narrativa única, imposta por quem vive de impostos. Chega!
Rodrigo Constantino