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A vacina tríplice de Chico Alencar para “salvar” a democracia
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Chico Alencar perdeu nas urnas, mas é tratado como vencedor pelos seus companheiros na mídia. Esses dias o ultraesquerdista Bernardo Mello Franco dedicou uma coluna ao ex-deputado do PSOL que mais parecia uma peça saída diretamente do “relações públicas” do ex-parlamentar, tamanha a babação de ovo. E, parece, Chico Alencar ganhou coluna no GLOBO como prêmio de consolação. Vai usar o espaço, pelo visto, para defender a “democracia”, logo ele que pertence ao partido que apoia oficialmente o regime venezuelano, e que já teceu elogios até mesmo ao regime da União Soviética no Congresso! Não é fofo?

Ele abre sua coluna de hoje com uma frase de José Saramago na epígrafe, outro adorado pelos jornalistas: “Tentei não fazer nada na vida que envergonhasse a criança que fui”. Das duas, uma: ou ele tentou muito pouco, ou foi uma criança terrível e monstruosa. Afinal, Saramago “rompeu” com a ditadura cubana somente depois de décadas de opressão, perseguição e matança promovidas por Fidel Castro. Que tipo de criança aprovaria uma ditadura sanguinária que eliminou mais de 15 mil inocentes pelo “crime” de criticar o governo?

Mas eis que Chico Alencar, defensor de tiranos comunistas, quer nos dar lições sobre… democracia. Ele pretende fazer “alertas” às vésperas do “novo e preocupante arranjo nacional”, aquele que o rejeitou nas urnas e trouxe renovação mais à direita. Ele está muito preocupado com o corporativismo, e cita as grandes bancadas temáticas: “Aí estão as bancadas das empreiteiras, do boi, da bala, da Bíblia (fundamentalista), do banco”. Quanta seletividade! Não parece preocupado com a bancada dos comunas, dos sindicalistas, dos mamadores de tetas estatais, dos perversos que querem enfiar goela abaixo das crianças ideologia de gênero. Essas seriam as “bancadas do bem”, segundo o “professor”.

E aqui vem sua recomendação ideológica: “O individualismo é o tijolo do patrimonialismo. Mandato público, em qualquer instância de poder, precisa ter compromisso com a implementação de políticas que ajudem a superar nossa maior chaga: a desigualdade social”. Ou seja, a pauta coletivista dos esquerdistas, rechaçada nas urnas, deveria ser a principal, segundo Chico Alencar. Vamos mirar em Cuba! Vamos usar o estado para dar “saúde” para todos, “terras” para todos, “trabalho” para todos! É o grito de um velho comunista incapaz de aprender qualquer coisa com o tempo.

Alencar sugere uma vacina tripla a quem ingressa no parlamento: “Recomendo a quem ingresse na vida pública que tome uma vacina tríplice: contra o corporativismo, que reproduz uma casta onde prevalecem o cinismo e a hipocrisia; contra a soberba, filha da cultura autoritária e irmã do histórico mandonismo; contra a acomodação, induzida pela tentação do aburguesamento que o cotidiano sedutor nos palácios traz”. Eu acrescento uma quarta dose, que o ex-deputado nunca tomou: uma vacina contra o comunismo. Eis a maior praga que pode existir na vida pública.

Ironia das ironias, o comunista fecha sua coluna com uma citação bíblica: “Há muitas maneiras de servir à população. Não aceitei a previdência parlamentar e retorno à minha vida de educador. Paulo apóstolo deixou, em carta escrita da prisão em Roma, aproximando-se seu martírio, uma frase valiosa para crentes e não crentes: ‘combati o bom combate, terminou minha jornada, guardei a fé’ (2 Tim 4,7)”.

Lamento dizer, mas o seu não foi o bom combate, pois esteve do lado errado da história e da lógica o tempo todo, defendendo uma ideologia nefasta, uma utopia assassina. E confesso que preferiria pagar sua previdência parlamentar para que fosse curtir a aposentadoria em Cuba ou na Venezuela, em vez de voltar a ser “educador”, já que vai encher a cabeça dos alunos com lixo marxista agora. Aquele que pertence a um partido como o PSOL jamais deveria dar aulas sobre democracia para nós, os “alienados” que rejeitamos as ditaduras cubana e venezuelana.

Rodrigo Constantino

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