O país não está dividido, rachado ao meio. O que temos é uma ampla maioria querendo mudança, e uma minoria organizada e barulhenta lutando pela manutenção deste governo incompetente, que afundou nossa economia numa depressão severa e produziu os maiores escândalos de corrupção de nossa história.
Dito isso, parece claro que há um clima de muita revolta e indignação. Os nervos estão à flor da pele. Essa raiva tem sido útil para se enfrentar os truques dos governantes, dispostos a “fazer o diabo” para ficar no poder. O ambiente de guerra, em boa parte causado pelo próprio PT, serviu à união dos brasileiros cansados do cinismo e dos abusos do lulopetismo.
O denominador comum dessa imensa quantidade de gente, sem dúvida, é o antipetismo. Isso não quer dizer que não existam inúmeras divergências entre os vários grupos que lutam pelo impeachment. Se e quando Dilma realmente cair, o que parece provável, será preciso muito cuidado para não deixar os antagonismos anularem as possibilidades de avanço.
O Brasil já terá no próprio PT uma oposição terrível, como sempre foi o caso até sua chegada ao poder. O partido deu todos os sinais de que não se importa com os brasileiros, que sua obsessão é mesmo pelo poder. Tentará, então, obstruir cada reforma necessária para recolocar o país nos trilhos.
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Rodrigo Constantino
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