Por Thiago Kistenmacher, publicado pelo Instituto Liberal
Há dias que um vídeo de militantes veganos circula pelas redes sociais. Trata-se de um festival de horrores organizado em Paris. É nítido que aqueles que ali se expõem provavelmente possuem problemas psicológicos. Ajudar os animais? Legal. Fazer disso um espetáculo sectário? Acho melhor não.
Logo no início do vídeo aparece uma mulher sendo aplaudida por se deixar marcar a ferro quente. Isso para protestar contra a dor que os animais sentem. Vários dos militantes estão manchados de vermelho e são levados para uma barraca como se fossem gados conduzidos ao curral.
Um deles alega que fez tal escolha “porque os animais estão vivendo isso todos os dias antes de serem mortos.” Além disso, afirma: “Eu quero pagar um tributo a eles para mostrar minha solidariedade. Isto é só humanismo e empatia.”
Compreendo que o ser humano se comova. Ninguém – com algumas exceções – acha a morte de animais uma coisa bonita. Mas não fomos nós que criamos isso aqui, muito menos nós que escolhemos a cadeia alimentar. Esse pessoal que diz lutar pelos animais pode alegar que a espécie humana é a única capaz de plantar alface e que pode prescindir do consumo de carne. No entanto, parece esquecer que exatamente o ser humano é o único capaz de suavizar o abatimento, diferentemente do que acontece na selva, onde tudo é natural, ambiente geralmente idolatrado por esse tipo de gente.
Negar a morte é negar a vida, que tem um fim. É renegar o mundo tal como ele é. Recomendaria um pouco de Nietzsche e Darwin. De nada adianta ficar idealizando um mundo vegano. Se procurarmos por documentários sobre abatimento animal e que denunciam maus tratos e brutalidades cometidas gratuitamente, é chocante, claro. Só um louco se diverte com um animal agonizando degolado em abatedouros clandestinos e sem estrutura.
O grande problema dessas seitas é que, sem dúvida, seus integrantes se consideram moralmente superiores aos que consomem carne. Outra coisa intrigante é que geralmente pessoas do tipo são a favor do aborto independentemente do mês de gestação. Duvido muito que qualquer um deles participe de protestos contrários aos fetos abortados e arrancados aos pedaços. Querendo ou não, o sofrimento faz parte da nossa casa comum e, assim como amanhã inúmeros bebês serão despedaçados em abortos, vários bois serão mortos para servir o churrasco do final de semana.
Esses grupos também costumam se opor à sociedade de mercado, pois alegam que a vida animal se tornou mero produto. De novo esquecem que é exatamente para dar conta da demanda que os abatedouros não podem mais levar uma hora para abater cada boi, afinal, é preciso agilidade e, por conseguinte, menos agonia.
Não é de se duvidar que num futuro próximo o radicalismo desse pessoal chegue ao ponto de querer distribuir carne de soja aos leões para que eles não matem as zebras. Talvez surjam movimentos para conscientizar os animais carnívoros, ou, quem sabe tentem utilizar a biotecnologia animal para alterar a natureza carnívora substituindo-a por uma vegana. Isso até surgir o primeiro movimento a defender os sentimentos da maçã, claro. Mas é melhor não dar ideia.
Que o mundo tem violência, sabemos, mas bem que ele poderia ter menos idiotas.
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