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VEJA chega ao fundo do poço ao comparar Crivella com Cunha na véspera da eleição carioca

Nem os socialistas devem ter acreditado. Acostumados a demonizar a revista VEJA, de “direita”, devem ter levado um susto ao ver a capa da edição desta semana que circula apenas no Rio. É Marcelo Crivella como um preso, sendo fichado pela polícia, uma imagem de quase três décadas atrás!

Que presente dos “golpistas” ao socialista, detonando o candidato adversário dessa forma, bem pertinho do pleito. Já podemos até imaginar os socialistas comprando a revista, utilizando-a como referência, citando-a, celebrando a escolha tão estranha de prioridades, numa semana em que Eduardo Cunha foi preso.

Por falar nisso: o resto do Brasil teve a prioridade melhor calibrada, e viu na capa da revista mais lida (por enquanto) do país o ex-deputado do PMDB, assunto sem dúvida mais relevante. Só o Rio merece se ferrar mesmo, pelo visto.

E não é só: no site, VEJA claramente, sem sutileza, compara Crivella com Cunha, dá a entender que um e o outro são parecidos:

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O candidato gravou um vídeo em seu perfil explicando o ocorrido:

“Alô, meus amigos. Vocês devem estar se perguntando sobre a capa da revista ‘Veja’. Vou esclarecer: nunca fui preso. O que ocorreu é que 26 anos atrás, como engenheiro, eu fui chamado para fazer a inspeção da estrutura de um muro que tinha o risco de cair e machucar as pessoas. O terreno era da Igreja Universal mas estava invadido. Os invasores não deixaram eu entrar. Deu uma confusão danada, foi todo mundo para a delegacia. Lá, o delegado resolveu identificar a todos. Por isso, essa foto que você viu na capa”, relata Crivella na mensagem.

“Mas não deu processo, nada, absolutamente nada. Pelo contrário. Eu que iniciei um processo contra ele por abuso de autoridade. Eu repito, nunca fui preso. Nunca respondi nenhum processo e posso provar com todas as certidões que apresentei no momento em que me inscrevi para ser candidato a prefeito do Rio de Janeiro. Fiquem tranquilos, eu sou ‘ficha limpa’. Grande abraço, muito obrigado”, conclui.

Mas parece que tem muita gente desesperada com a possibilidade de um pastor da Univerval virar prefeito do Rio, a ponto de preferir um socialista do PSOL que defende os criminosos dos black blocs. Seria medo da TV Record? Que a situação do Rio é triste, lamentável, entre a cruz e a foice, isso é fato. Mais absurdo ainda é pensarmos que havia nomes como Flavio Bolsonaro, Índio da Costa e Osório no primeiro turno, todos opções bem melhores do que esses dois.

Só que essa campanha escancarada que VEJA resolveu fazer, seguida também pelo GLOBO, é de lascar. Um socialista? Não aprenderam nada com o PT? Essas elites também achavam que era possível “controlar” Lula, e deu no que deu. É muita ignorância acerca da essência do socialismo. É muito pânico em relação aos evangélicos da classe média…

Esses desespero já levou a campanha de Freixo a manipular de forma descarada falas de Crivella, e o candidato ganhou até direito de resposta. Vejam nesse vídeo como a manipulação pode ser tosca, indecente, e como a esquerda age de olho no poder:

Todo cuidado com socialistas é pouco. E agora, pelo visto, devemos ter muito cuidado com a imprensa “de direita” também. Sobre o “ódio do bem”, esse viés absurdo, o duplo padrão seletivo e hipócrita dos “tolerantes”, recomendo minha coluna desta semana na IstoÉ.

E sobre a decadência da VEJA, atacada pela maioria dos meus leitores, incrédulos com seu papelão recente, só posso dizer uma coisa: IstoÉ um fato! A VEJA caiu demais, e só posso lamentar um dia ter tido tanto orgulho por pertencer ao seu quadro de colunistas. Que mudança triste!

Rodrigo Constantino

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