Por anos – o que digo? – por décadas a esquerda dominou com total hegemonia a narrativa dos eventos no Brasil. Enquanto os militares, após impedir um golpe comunista em 1964, focaram somente na questão política, a esquerda ocupava os espaços culturais. E esse controle foi quase absoluto até agora. Mas estamos virando o jogo, estamos reagindo, e temos visto pipocar por aí iniciativas que levam ao grande público uma visão diferente das coisas, uma nova narrativa sobre os principais fatos políticos nacionais.
É o caso desse documentário “Impeachment: o Brasil nas ruas”, um projeto independente, sem muitos recursos, de Beto Souza e Paulo Moura. Entrevista vários especialistas e líderes de movimentos que conseguiram colocar milhões nas ruas brasileiras em prol do impeachment, demonstrando o sentimento, a lógica e o que ia por trás dessa revolta toda que culminou na derrotada do PT e seu projeto bolivariano. Eis o teaser:
A obra reúne 30 entrevistas realizadas em doze meses de gravação, além de imagens colhidas em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Dentre os organizadores e mobilizadores ouvidos estão Fernando Holiday (MBL), Rogério Chequer (Vem Pra Rua), Heduan Pinheiro e Rico Ferrari (Movimento Brasil Melhor) e Luiz Philippe de Orleans e Bragança (Movimento Liberal Acorda Brasil); já Miguel Reale Jr., Janaína Paschoal, Hélio Bicudo, Ives Gandra Martins e Cláudio Lamachia apresentam a defesa da constitucionalidade do processo.
O filme ainda conta com a participação de alguns dos principais analistas políticos e econômicos do país, como Augusto de Franco, Luiz Felipe Pondé, Fernando Schuler, Demétrio Magnoli, Igor Morais e Marco Antônio Villa, com enfoques que transitam entre as teorias social, política e econômica. As gravações das entrevistas começaram em junho de 2016. O documentário se completa com imagens cedidas por ativistas dos movimentos do impeachment e gravadas pela própria produção.
Para desenvolver a narrativa, o documentário divide-se em seis blocos: corrupção, movimentos, processos no Senado e Câmara, manifestações, argumentos jurídicos e análises. As imagens – cenas colhidas nas ruas por celulares e câmeras dos ativistas – retratam ações em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e publicações em jornais de todo país. O lançamento será na Fecomércio de SP, dia 31/3 às 19:30, em sessão apenas para imprensa e convidados.
A coisa toda só se tornou viável por meio de crowdfunding, o que tem sido uma ferramenta bastante utilizada pela direita independente, que não conta com financiamento público como as ONGs de esquerda, que ignoram a letra N na sigla, nem com os típicos mecenas milionários, que adoram bancar projetos “progressistas” por aí. Beto e Paulo estão de parabéns pela determinação e pelo resultado, que já está “causando” nas redes sociais.
Não basta ir às ruas, não basta nem mesmo derrubar o PT, o que só impede uma desgraça maior (e nem de forma definitiva). É fundamental reverter a hegemonia esquerdista na cultura, criando uma nova narrativa que possa transmitir de forma clara para a população o que aconteceu no país. É isso que poderá mudar nosso futuro de verdade.
Rodrigo Constantino
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