Por David Horowitz*
A tragédia em Charlottesville poderia ter sido uma ocasião para parar e considerar como a tolerância com a violência politicamente correta e o ódio politicamente correto estão levando a nação a uma guerra civil. Em vez disso, a mídia e a esquerda política transformaram esse incidente na maior notícia falsa do verão, transformando suas lições reais em uma peça moralista que justifica a guerra contra a direita política e contra os brancos em geral.
Os organizadores da manifestação “Unite the Right” em Charlottesville eram racistas repulsivos. Mas eles vieram defender um monumento histórico que honrava um homem e uma causa complexos, e não atacá-lo ou presumivelmente qualquer outra pessoa. Eles solicitaram uma autorização e foram negados. Eles reaplicaram com sucesso em uma petição apoiada pela ACLU local. Se eles tivessem vindo precipitar a violência, por que eles teriam se dado ao tedioso trabalho de solicitar uma autorização? Quem sabe o que – se alguma coisa – teria acontecido se esse tivesse sido o fim da história e ninguém tivesse aparecido para se opor a eles.
O que o “Unite the Right” realmente demonstrou é que a variedade de neonazis, pró-confederados e vários yahoos reunidos sob a bandeira do “Alt-Right” é realmente um grupo insignificante. Este foi um espetáculo nacional de força que de fato atraiu apenas algumas centenas de pessoas. Compare isso com as dezenas de milhares que podem ser facilmente organizadas por dois grupos violentos da esquerda – Black Lives Matter e Antifa – e você tem uma ideia de quão marginais os “supremacistas brancos” são para a vida política e cultural dos Estados Unidos.
No entanto, a “supremacia branca” e seus males tornaram-se a peça central de todas as reportagens da “fake news” sobre o evento, incluindo todos os ataques ridículos contra o presidente por não condenar o suficiente um bicho-papão que o país inteiro condena, e que ninguém além de uma patota risível apoia. Fale sobre a sinalização da virtude! Omitidas da cobertura da mídia foram as outras forças em ação que precipitaram a batalha do Emancipation Park, especificamente Black Lives Matter e Antifa, dois violentos grupos de esquerda com agendas raciais que vieram esmagar a manifestação em defesa do monumento.
Ao contrário dos manifestantes da “Unite the Right”, os grupos esquerdistas não tinham permissão para o Emancipation Park (eles tinham permissões para dois parques próximos). Mas por que eles deveriam precisar de uma licença, já que os estragos que haviam causado anteriormente em Ferguson, Berkeley, Sacramento, Portland e outras cidades foram realizados sem permissão, enquanto sua criminalidade foi apresentada pela mídia como “protestos” e seus tumultos ficaram completamente impunes?
Em suma, houve duas manifestações em Charlottesville – um protesto legal pelo “Unite the Right” e um protesto dos vigilantes de Antifa e Black Lives Matter. Quem começou a luta é realmente imaterial. Ambos os lados foram preparados para a violência porque esses conflitos já são um padrão de nossa vida cívica em deterioração. Uma vez que os dois lados se reuniram no mesmo lugar, a violência era totalmente previsível. Duas fações, duas culpas; mas, exceto para a declaração inicial do presidente Trump, condenando ambos os lados, apenas uma parte foi responsabilizada, e essa é a que estava no parque legalmente.
O que está acontecendo nos relatos da mídia e nos comentários políticos sobre este evento é um esforço da esquerda para transformar o caos em Charlottesville em um modelo para sua guerra contra um inimigo mítico – “supremacia branca” – que é na verdade uma guerra contra pessoas brancas em geral. A ideologia que move a esquerda e divide o nosso país é a “política de identidade” – a ideia de que o mundo consiste de dois grupos – “pessoas de cor” que são inocentes e oprimidos, e pessoas brancas que são culpadas e opressoras. Esta é a verdadeira guerra racial.
Seus temas nocivos alimentam o ódio estúpido e histérico contra o presidente Trump, e o apoio igualmente insensato para movimentos racistas como Black Lives Matter e Antifa. É uma guerra da qual nenhum bem pode vir. Mas não será interrompida a menos que pessoas suficientes tenham a coragem de se levantar e nomeá-la pelo que é.
* Originalmente publicado em Breitbart.com, tradução livre.