Por Thiago Kistenmacher, publicado pelo Instituto Liberal
Há dois dias circula nas redes sociais um vídeo com a fala de um professor doutrinador. O vídeo foi publicado por uma estudante e reforça o debate em torno da doutrinação em sala de aula que, apesar de cansativo, é profundamente necessário, dado que existem sujeitos mentindo sobre sua existência. Tal como escrevi em um texto anterior, só os doutrinadores negam a doutrinação e aqueles que de fato não enxergam são os mais aguerridos. Assista aqui ao vídeo:
Segue a transcrição do que o professor diz: “Da mesma maneira que aconteceu em 37, a classe trabalhadora, no caso, vocês, né, estão completamente alijados e alienados do que aconteceu. Apenas a classe média, branca, é quem foi à rua vestido de camisa do Brasil querendo que o governo fosse deposto. Mas é porque a classe média que foi à rua, galera, tava insatisfeita com o fato de pobre tá pegando avião no aeroporto […] com o fato de ter mais negro e gente de periferia dentro de universidade. Gente da origem de vocês. A classe média que foi à rua […] tava insatisfeita porque pobre tava financiando carro. Infelizmente, como a gente tem uma sociedade de analfabetos políticos, as pessoas não se deram conta disso[…] devidamente manipuladas pela Globo.”
Que discurso clichê! É precisamente a pregação da esquerda que quer injetar ódio classista nas mentes dos alunos. Antes que um “pedagogo freireano” venha dizer que os estudantes não são recipientes vazios que devam ser preenchidos, respondo: eu sei! Todavia, negar a influência dos professores na formação dos estudantes, para o bem ou para o mal, é pura falsidade e dissimulação de quem pretende doutriná-los.
Mas analisemos mais pormenorizadamente a fala do professor militante.
Ele diz que somente a classe média branca foi às ruas pedir o Impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e que seus alunos pertencem à classe trabalhadora que está alienada do que realmente acontece. Assim, se levarmos em consideração que a aluna, que não é branca e que, para o professor, faz parte da “classe trabalhadora alienada”, está filmando e ri do que ouve, ela deve ter ido às ruas ou apoiado as manifestações. Logo, o argumento dele é falacioso.
Além disso, ele alega que a classe média estaria insatisfeita com o fato de “pobre tá pegando avião no aeroporto”, “de ter mais negro e gente de periferia dentro de universidade” e “financiando carro”. Diz também que essa gente é “da origem de vocês”, isto é, dos estudantes. Portanto, se pessoas da “origem deles” são aquelas “odiadas” pela classe média, os alunos devem ser contrários a ela e odiá-la. Isto nada mais é do que a preparação do terreno para o cultivo da mentalidade esquerdista.
Por fim, o doutrinador diz: “Infelizmente, como a gente tem uma sociedade de analfabetos políticos, as pessoas não se deram conta disso […] devidamente manipuladas pela Globo.” Novamente um clichê de causar espanto. Primeiro que ele, como todo militante esquerdista, acredita que todos aqueles que não concordam com a esquerda são “analfabetos políticos”, menos eles e sua classe de bolcheviques modernos e covardes. Esse pessoal sempre se julga clarividente e capaz de mudar o mundo a partir de suas teorias e frases de efeito. Por último, outro chavão da militância: falar mal da Globo.
Todos sabem que insultar esta emissora, falar mal dos Estados Unidos e do capitalismo é lugar-comum do catecismo marxista. Aliás, pergunte ao professor doutrinador do vídeo o que ele pensa sobre o projeto Escola Sem Partido. Já sabemos a resposta. Não seria nenhuma novidade.
Em suma, o que é isso tudo senão uma pregação da luta de classes? É sempre a mesma coisa, o mesmo mantra esquerdista repetido para fins de lavagem cerebral e criação de autômatos. Felizmente isso tem mudado e, diferentemente do que o professor doutrinador acredita, negros e moradores de periferia também raciocinam e sabem quando estão perante um demagogo barato.
Tenho o compromisso de fazer tais denúncias enquanto houver hipócritas de toda sorte negando que a doutrinação seja real.
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