Segundo Rand, somente numa sociedade onde todas as relações são voluntárias, e onde se reconhecem e protegem os direitos fundamentais do homem à vida, à liberdade e à propriedade haverá prosperidade. Para ela, o capitalismo é o único sistema baseado no reconhecimento desses direitos, e longe de ser um mero sistema econômico, é um sistema de organização social e moral, em que o governo tem participação importante, porém restrita, para evitar o uso da força física de uns contra os outros e para dirimir questões oriundas das relações entre os indivíduos.
O principal fundamento moral do capitalismo, para Rand, está no fato de que este é o único modelo que baseia as relações humanas em atos contratuais e voluntários, em intercâmbios de direitos de propriedade, onde os homens são livres para cooperar uns com os outros ou não, de acordo com os ditames de seus próprios interesses e mútuos benefícios.
Assim, não se sustenta, no sistema capitalista, a idéia, por exemplo, de bem comum, uma grande falácia socialista utilizada amiúde por gente como LFV como justificativa para a tirania de uma minoria, que impõe aos demais seus próprios interesses, seus gostos e suas opiniões, evitando, acima de tudo, que os indivíduos pensem por si mesmos.
Pode-se não concordar com as idéias de Ayn Rand, mas que pelo menos as críticas sejam dirigidas à sua obra, e não a espantalhos, como faz Verissimo.