É sempre um “espanto” o tanto de espaço que dinossauros comunistas recebem em nossa “mídia golpista”. O Globo de hoje publica um texto de Cid Benjamin, aquele que critica Lula por não ser esquerda o suficiente. O esquerdista ficou surpreso ao entrar em contato com gente comum, como um mestre de obras e um taxista, e descobrir que, cansados da violência reinante, querem “fuzilar bandidos” e pretendem votar em Bolsonaro.
Para Benjamin, as soluções propostas pela direita são “ilusórias”. Reduzir a maioridade penal, permitir o armamento da população de bem, construir mais prisões, endurecer com os marginais, combater a impunidade, tudo isso é fantasia de “fascista”. As duas medidas que poderiam realmente melhorar as coisas, segundo o ex-petista, é acabar com a “guerra às drogas” e regulamentar pelo estado a venda das drogas.
Estranho: a imensa maioria dos países desenvolvidos também possui uma “guerra às drogas”, e nem por isso Londres, Miami, Nova York, Paris ou Frankfurt se parecem com o Rio de Janeiro quando o assunto é violência. Por que será?
Só que legalizar as drogas e concentrar no estado o poder de controle não é tudo que o comunista quer. Isso é paliativo, diz. Para realmente resolver o problema é necessário combater a “exclusão social”, as desigualdades. Claro, porque traficantes de classe média, como Playboy e Marcola, que cita até filósofos, foram para o mundo do crime por falta de oportunidades, não por escolha própria.
Se ao menos o governo colocasse ainda mais recursos escassos nessas escolas públicas, que têm Paulo Freire como “patrono” e ensinam as maravilhas do funk… tudo ficaria lindo! O jornalista não explica que os países desenvolvidos possuem leis bem mais rigorosas de combate ao crime, que o grande diferencial é a impunidade menor, não a “igualdade maior”, até porque países como os Estados Unidos são bem desiguais.
Após espetar o atual governo como “golpista”, Cid Benjamin afirma que ele “está fazendo um ataque aos direitos sociais ainda maior do que o levado a cabo na ditadura militar”. Direitos sociais, como sabemos, é um eufemismo para paternalismo estatal que cria dependência e submissão. E, depois dessa baboseira toda, ele fecha com chave de ouro – ouro de Moscou:
Queiram ou não os que se encantam com a (correta) defesa das pautas identitárias, os defensores da (necessária) regulamentação das drogas, os adeptos da (urgente) desmilitarização da PM, é preciso fazer reformas estruturais que democratizem a sociedade, eliminem a exclusão social, diminuam a desigualdade, distribuam renda, criem empregos e impeçam o desmanche da CLT e da Previdência.
Sem isso, a violência não vai diminuir significativamente. Estaremos enxugando gelo. Os jovens que deixarem o tráfico acabarão indo assaltar no asfalto.
O cerne do problema está na política, na velha luta de classes. Aí deve se concentrar o esforço dos democratas.
Desmilitarizar a polícia, liberar geral as drogas, concentrar mais poder no estado, usar o governo como máquina de distribuição de riqueza, manter a CLT fascista: eis o caminho para combater a violência. Os jovens assaltam, tadinhos!, por falta de emprego e pela desigualdade. O problema é a velha luta de classes marxista. Uni-vos, “democratas”! Vejam na Venezuela que maravilha esse caminho!
Sim, o cheiro é de naftalina, mas estamos lendo isso em pleno século XXI, e no jornal da “elite golpista”. De fato, a violência leva à direita. Porque nem todos são idiotas, e podem perceber que suas causas estão todas ligadas ao pensamento de esquerda…
Rodrigo Constantino
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