Escrevo diretamente do aeroporto de Washington, DC, após participar da audiência do Comitê de Foreign Affairs do Congresso americano. Vários parlamentares brasileiros estiveram presentes, e as testemunhas que prestaram depoimentos sobre a situação da liberdade de expressão em nosso país foram os jornalistas Michael Shellenberger e Paulo Figueiredo, além do CEO e fundador da Rumble, Chris Pavlovski, e um petista chamado Fabio de Sa e Silva.
O chairman, congressista republicano Chris Smith, abriu falando da importância da liberdade de expressão no mundo, frisando não se tratar de disputa entre esquerda ou direita, mas sim de um direito fundamental. Ele agradeceu o esforço de Elon Musk por defender esta liberdade, mesmo constatando discordar do empresário em várias áreas, por ser um defensor dos sindicatos trabalhistas. Smith citou Cuba como exemplo de um regime que matou faz tempo a liberdade, e mostrou preocupação com os rumos do Brasil hoje.
Foi uma audiência reveladora da situação lamentável que temos no Brasil hoje, onde o Estado de Direito foi substituído por um estado de exceção.
A deputada pela Flórida, Maria Salazar, mostrou uma imagem de Alexandre de Moraes no ponto alto da audiência, demonstrando espanto com o quadro que tem um condenado por corrupção na Presidência e um "operador totalitário" na Justiça, trabalhando possivelmente a serviço deste corrupto. "Pobre Brasil", lamentou a congressista. Isso sem ela saber que Alexandre foi funcionário de Alckmin, o vice de Lula, e que este emplacou na Suprema Corte seu advogado pessoal e seu colega de longa jornada comunista que era seu ministro. O grau de promiscuidade no Brasil é impensável para os gringos.
A esquerda, porém, tem aprendido rápido. Os comunistas mentem em todas as línguas, e não seria diferente em inglês. Do lado democrata vieram apenas chavões e slogans ridículos da narrativa brifada pela comitiva petista que esteve aqui recentemente. Tentando desviar o foco do assunto central, atacando Bolsonaro como "homofóbico" e "golpista", os congressistas democratas expuseram o grau de radicalização da esquerda americana, hoje indistinguível de um PSOL da vida. Parecia militância do DCE de uma federal, e o "acadêmico" petista que arrumaram, o tal de Fabio Sa da Silva, participou do mesmo circo medonho.
Mas a verdade é insistente. Shellenberger relatou como um jornalista cidadão americano tem sido perseguido até criminalmente no Brasil só por mostrar fatos, e apontou a interferência indevida americana em nossas eleições. No fundo, os democratas querem justamente proteger Biden desse crime, que levou ao poder um corrupto defensor da China e do Irã. Paulo Figueiredo expôs o tipo de punição arbitrária que jornalistas brasileiros residentes na América sofreram por ousar criticar o sistema, e o CEO da Rumble admitiu que se recusou a seguir as decisões ditatoriais de Alexandre para banir certas contas, como a de Monark, por divergências políticas.
Enfim, foi uma audiência reveladora da situação lamentável que temos no Brasil hoje, onde o Estado de Direito foi substituído por um estado de exceção. A claque esquerdista tentou levantar cortinas de fumaça, mas quem prestou atenção nos fatos trazidos pelas testemunhas não terá outra conclusão a tirar além desta, que é a nossa triste realidade: a democracia brasileira morreu. Ela não será salva por um passe de mágica nem do Congresso americano, ou por alguma bala de prata qualquer do Comitê. Mas a pressão externa está aumentando bastante, e isso pode tornar a permanência de Alexandre como ditador do país insustentável. Haverá consequências para o país e para ele na pessoa física se isso continuar assim. Ainda mais se Trump voltar à Casa Branca...
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