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Rodrigo Constantino

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Bancos tradicionais versus bancos virtuais

Por Bharbara Pretti, publicado pelo Instituto Liberal

Recentemente, adquiri um cartão do Nubank, um banco que não é um banco. Sim, é isso mesmo que você entendeu. O “Nu” é pra dizer que é um não-banco, que, desde 2013, está no mercado e é avaliado hoje em 4 bilhões de dólares. Resisti um pouco a comprar a ideia, seja pela comodidade de não mudar, seja por me questionar constantemente: será que é verdade mesmo? Como assim não tem anuidade nem tarifa? Como que a conta retorna 100% do CDI com liquidez imediata?

Você deve estar se perguntando o que o Nubank, uma ex-startup bancária, tem de diferente, e eu respondo: o cartão de crédito internacional não tem nenhuma taxa de anuidade; os usuários podem controlar seus gastos do cartão integralmente pelo smartphone sem faturas enviadas pelo correio ou agência bancária; os juros são de 7,75% ao mês enquanto o mercado oferece taxas de 15,01%; e o atendimento também chama a atenção, pois a equipe é formada por pessoas capacitadas para atender aos clientes com um tom informal, porém eficiente.

Quando olhamos para os bancos tradicionais, temos filas enormes em agências, atendimento ruim, alta burocracia, taxas elevadas e pouca abertura com o banco. Essa situação se agrava ainda mais quando falamos de bancos estatais, pois são mais lentos na implementação de novas tecnologias.

O fato é que, com a ascensão dos bancos digitais, as chamadas Fintechs (financial technology), empresas que unem finanças e tecnologia para oferecer desde conta corrente a investimentos, com tecnologia de forma intensiva, oferecem serviços financeiros com métodos diferenciados e muito mais práticos e seguros dos que os já existentes.

Diante desse cenário, está cada vez mais evidente que os bancos tradicionais precisam se reinventar. O mercado está mais exigente e possui mais necessidades diversificadas, sendo necessário um tratamento personalizado para cada um dos clientes.

É tão evidente essa necessidade de mudança de comportamento que o Itaú é um exemplo claro de que está entendendo a mudança do mercado. O Banco comprou a XP Investimentos, plataforma que democratizou os investimentos financeiros que antes eram apenas oferecidos para quem possuía investimentos a partir de 2, 3 milhões de reais. Hoje, é possível investir qualquer quantia que você possua, ou seja, uma prova dessa mudança.

A tecnologia está “aí” todos os dias para provar que tudo pode ser melhor, mais cômodo, com melhor atendimento e ainda sem que seja necessário sair de casa. A população de um modo geral está revolucionando a forma de investir, constantemente reivindicando condições melhores, ditando as regras, exigindo um melhor atendimento e tornando a forma de investimento mais democrática. Por isso os bancos tradicionais terão que mudar para atender as nossas exigências, pois, caso não mudem, não vão mais existir.

*Bharbara Pretti é Associada do Instituto Líderes do Amanhã e sócia da Pretti Cargas.

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