Ao menos três homens morreram na madrugada desta quinta-feira na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. As vítimas eram médicos que estavam em um quiosque na orla, na Avenida Lúcio Costa, em frente ao Hotel Windsor, onde se hospedavam, quando, por volta de 1h, criminosos armados saíram de um carro e fizeram disparos contra o estabelecimento. Uma câmera flagrou o momento do ataque, que mostra a movimentação dos assassinos.
Nada foi levado e toda a ação durou cerca de 20 segundos. Alguns suspeitam de execução, outros falam em engano. Um dos médicos era irmão da deputada Samia Bomfim, do PSOL, partido que protagonizou uma confusão recentemente, com troca de agressões entre a turma da deputada e gente ligada a Guilherme Boulos.
O Rio é um lugar maravilhoso, mas dominado pela marginalidade. Frequentei por muitos anos esta mesma praia da Barra e morei ali perto. Fui embora do Brasil por vários motivos, entre eles a reeleição de Dilma, mas a violência sempre foi um dos aspectos mais relevantes. É triste ver uma cidade tão bonita ser tomada por bandidos e virar um inferno, com esse tipo de barbárie frequente.
Pelo fato de um dos médicos ser irmão da deputada do PSOL, algumas pessoas estão politizando o caso de forma prematura. Não sabemos o que aconteceu ainda e é preciso prudência. Não obstante, o ministro da Justiça, o comunista Flavio Dino, escreveu: "Em face da hipótese de relação com a atuação de dois parlamentares federais, determinei à Polícia Federal que acompanhe as investigações sobre a execução de médicos no Rio. Após essas providências iniciais imediatas, analisaremos juridicamente o caso".
Ao menos o ministro levantou como hipótese a ser investigada. Já a comunista Jandira Feghali parece ter seu veredito: "Total solidariedade à deputada Samia Bomfim pelo crime brutal de execução que tirou a vida de seu irmão Diego e mais dois companheiros nesta madrugada, todos médicos que participavam de um Congresso no Rio. Meus sentimentos a todos os familiares. Temos que ir fundo e rápido nesta investigação. O fascismo não vai prosperar no Brasil".
Ora, se ela "sabe" que foi o "fascismo" o responsável, por que demanda investigação? A leviandade salta aos olhos na tentativa de politizar o caso. A esquerda explorou o assassinato da vereadora do PSOL, Marielle Franco, por anos, tentando acusar a direita e até Bolsonaro, apenas para desistir dos questionamentos quando as investigações chegaram perto de um político conhecido dos cariocas, e que "fez o L".
Assim como a polícia, eu não sei ainda o que motivou essa brutal chacina na praia da Barra. "Com certeza foram confundidos", afirmou a irmã de um dos médicos mortos. "Ele era um ser humano incrível, como pai, filho, irmão e médico", acrescentou. "Era um cara do bem, não tinha envolvimento nenhum com nada de errado, também não era envolvido com política, nem gostava disso. O pai dele sofreu um acidente de carro e morreu quando ele estava na faculdade. A mãe dele teve que passar por essa tragédia e agora tá passando por essa outra tragédia com o filho. Acho que o Perseu tava no lugar errado na hora errada", disse Edvaldo Correia Lago Junior, colega ortopedista Perseu Ribeiro Almeida, um dos mortos.
Repito: não sabemos ainda a causa dos assassinatos. Mas sabemos disso: o Rio é um lugar extremamente perigoso, dominado por bandidos. E a esquerda costuma defender medidas frouxas demais com os marginais. Enquanto aplaude prisão de 17 anos para senhoras patriotas que dariam um golpe de estado com as próprias unhas, costuma tratar como vítima da sociedade os traficantes que espalham o terror pelo país.
Eis outro fato: a impunidade é um convite ao crime, e a impunidade campeia no Brasil, graças ao "garantismo" de uma esquerda leniente demais com a bandidagem. E esse clima de anomia que vai tomando conta do país todo não poupa ninguém, inclusive aqueles que tendem a ser soft demais com os marginais. Todos são vítimas em potencial, pois os bandidos não vão perguntar antes se é de esquerda ou direita. Basta olhar o que se passa na Bahia petista, que olha assustada o avanço descontrolado da criminalidade.
Ou o Brasil combate com afinco a barbárie, a verdadeira barbárie - não idosos que protestavam em frente a quartéis - ou esses casos de violência vão se alastrar mais e mais. Duro é acreditar que um governo de esquerda vai endurecer com os criminosos de verdade...
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