Ouça este conteúdo
Uma vez mais o Carrefour foi parar entre os assuntos mais comentados do país, e novamente por uma péssima razão: cenas de um homem sendo agredido por seguranças no estacionamento do supermercado ganharam o Brasil, e o homem acabou morrendo. Tudo muito lamentável.
Mas há um "detalhe": o homem em questão é negro, e sua morte (ou assassinato) se deu na véspera do Dia da Consciência Negra. Foi o suficiente para que oportunistas jogassem muita lenha na fogueira, alguns chegando a pedir revolução ou até a morte de executivos da rede francesa.
A comoção coletiva gera muito calor, mas pouca luz. Perguntas importantes para avaliar o caso são deixadas de lado. Por exemplo: o que levou àquela situação? Quem era o homem? Por que ele apanhava dos seguranças? Não, nada disso justifica a reação, mas pode trazer à tona a circunstância que nega a narrativa racial.
Afinal, não é razoável imaginar que um negro foi aleatoriamente pego no supermercado para ser agredido por racistas. Os seguranças não eram da KKK, e pelo que consta, havia negros na equipe também, presentes no momento do espancamento. A chefe teria dito ao responsável pela filmagem que ele dera um murro numa mulher do caixa antes.
Em meio a uma pandemia de oportunismo e paixão, Alessandro, do Canal do Negão, fez uma análise sensata, e a esquerda não pode dizer que ele não possui o tal "lugar de fala":
Em suma, como explica Alessandro, as cenas lamentáveis no estacionamento do supermercado são sobre o despreparo dos seguranças, não sobre racismo. Isso não impediu, porém, que a "lacrosfera" saísse em polvorosa para tirar uma casquinha da situação. Abaixo, alguns casos emblemáticos:
Um "jornalista" branco tentando instigar revolta nas ruas, uma revolução? Quer importar o Black Lives Matter marxista para o Brasil? Agora pode aglomerar, acabou a pandemia? Essa turma é muito irresponsável, isso sim. Mas fosse apenas um jornalista qualquer, seria menos mal. Eis o que temos em seguida:
O que fez o governador concluir que foram cenas de racismo? O fato de o agredido ser negro já prova isso, por acaso? Não há contexto, motivação alternativa, nada? Doria chegou ao mesmo patamar de demagogia do ex-presidente Lula:
Calma que tem mais:
Eu pensei que seu dever como ministro do STF era preservar a nossa Constituição, mas devo estar enganado. O Supremo Pavão Ativista quer, como já confessou, "empurrar a história" em direção à "justiça racial", pois ele é um "iluminado", um "ungido". E seu colega de STF foi ainda mais longe:
Como o ministro sabe que ele foi agredido por ser negro? Como um juiz do Supremo faz uma afirmação tão forte como essa, sem ter provas ou qualquer evidência que seja, para além do fato de o agredido ser um homem negro?
O que temos até aqui não indica nada parecido. O homem, um sujeito enorme, teria ficha corrida na polícia e teria agredido uma funcionária do Carrefour. Por isso ele foi espancado, não pela cor da pele. O espancamento, desnecessário dizer, não se justifica, e demonstra todo despreparo dos seguranças. Mas não comprova racismo coisa alguma, ao contrário do que tantos repetem para lacrar com sua plateia.
Querem um George Floyd brasileiro para instigar a segregação racial no país mestiço, para jogar uns contra os outros e fomentar um ambiente de desconfiança e revolta. Querem o caos, enfim. E o homem morto pelos seguranças é apenas um pretexto para essa gente, um instrumento, um meio.
Prefiro a postura do ator Morgan Freeman e do secretário da Fundação Palmares, que vem combatendo os movimentos raciais justamente porque enxerga neles o coletivismo esquerdista que trata o indivíduo negro como mascote, como palanque, não como uma pessoa com diversas características peculiares, que não precisa se identificar apenas com base na "raça":