O Chile caiu. Foi a síntese mais perfeita do resultado das eleições neste domingo, feita pelo ex-ministro Ricardo Salles. Essa é a sensação que temos: o país mais avançado da vizinhança está nas garras dos comunistas. Venceu um jovem de 35 anos cuja "experiência" é fazer demagogia em liderança estudantil. Como isso foi possível?
A esquerda radical gosta de chacoalhar as árvores para apanhar os frutos no chão; o que nunca soube fazer foi plantá-las. O alerta de Roberto Campos vem à mente, quando lembramos que a extrema esquerda promoveu aquelas manifestações criminosas em 2019. O "liberal" com perfil tucano Sebastian Piñera cedeu, tivemos a Constituinte "progressista" e agora isso.
É o que dá abrir mão da guerra cultural e achar que algumas reformas econômicas resolvem. A esquerda come pelas beiradas enquanto os "liberais" só focam no material. A mídia chamava o oponente Kast de "extrema direita" o tempo todo, mas ninguém se refere ao Boric como extrema esquerda. O jogo é muito desigual... e sujo.
O que acontece agora? Há esperança, claro, de que o socialista não tente ser tão radical no governo, que seja mais... pragmático. A esperança é a última que morre. Mas a situação é desanimadora para o Chile. O país vai piorar, não resta dúvida. A bolsa, antecipando, despencou e o dólar disparou. Estão todos com medo, e com razão. A esquerda radical tende a ser uma máquina de destruição em massa, pior do que vírus...
Enquanto isso, no Brasil, Lula promove jantar com Alckmin e o establishment está todo animado lutando pela chance da volta do ladrão socialista. Do lado direito, o pau como solto. Bolsonaro decepcionou muita gente, e seu "guru" Olavo de Carvalho diz que o presidente precisa acordar ou é briga perdida. Tem um ponto, mas é preciso ter senso de prioridade aqui, em minha opinião.
Moro, traidor com alma tucana e ao lado de moleques como o Mamãe Falei, não tem a menor chance de atrair a direita. Bolsonaro é tudo que restou aos conservadores. Sim, sua principal virtude no momento é servir de obstáculo aos comunistas, mas não é pouca coisa. Como o próprio Olavo diz, o combate ao comunismo e ao bandidismo é o que os une. E não dá para ser indiferente a essa ameaça quando pesquisas apontam Lula como favorito, ainda que seja perfeitamente legítimo desconfiar delas.
Janaina Paschoal fez um bom resumo do perigo: "Amados, não sei se vocês estão percebendo, mas a esquerda está fazendo uma frente ampla e não é só para levar a Presidência da República. Sinal de inteligência. Enquanto isso, a pouca direita que há está se digladiando, se desmerecendo... em outras palavras, fazendo o trabalho para a esquerda. Sinal de burrice. Não, eu não estou flertando com a esquerda. Mas o primeiro passo para ganhar uma guerra é reconhecer as capacidades do adversário. O País está em uma situação muito delicada".
Não está fácil manter o otimismo. Mas, chegando perto do Natal, temos a obrigação de evitar a desesperança. É hora de a direita unir forças, priorizar o combate ao verdadeiro inimigo, engolir seus sapos e entender que é isso ou a volta do Foro de SP ao poder completo. Só falta o Brasil. Vamos permitir?
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