Bernie Sanders é uma espécie de dinossauro, com uns 458 anos de idade, dos quais 447 defendendo o comunismo. O sujeito passou a lua de mel na União Soviética: precisa dizer mais alguma coisa? Sua bandeira política se resume a pregar "tudo grátis" e pagar isso com impostos. Endossou a histeria ambiental também. É, em suma, o "Crazy Bernie" de que fala Trump.
Desnecessário dizer, portanto, que não nutro a menor simpatia pelo homem. No Brasil ele estaria no PSOL, quiça no PSTU, o que mostra como o Partido Democrata se radicalizou à esquerda, já que Sanders é uma das estrelas entre os pré-candidatos. Considero abominável alguém com tal perfil extremista ter alguma relevância no cenário político americano.
Dito isso, não posso aquiescer com o que a CNN fez com ele no último debate desta semana. Agora que a coisa começa a valer, pois teremos as primárias largando justamente de Iowa. E a "repórter" da CNN achou que era o momento de detonar Sanders em rede nacional, acusando-o de mentiroso.
Eis como a troca se deu: a entrevistadora questionou Sanders sobre ele ter supostamente dito para Elizabeth Warren que uma mulher não poderia ser presidente dos Estados Unidos. A informação foi tratada como fato pois foi relatada pela própria CNN, mas não passou pela cabeça da "repórter" que alguém da campanha de Warren poderia ter espalhado o boato de propósito.
Sanders negou enfaticamente a acusação, disse que apoiou Warren antes, e contra Trump ficou ao lado de Hillary Clinton. Disse ainda que defende a causa feminina há décadas, e rechaçou qualquer veracidade nessa denúncia. Imediatamente após essa reposta veemente, a "repórter" da CNN se vira para Warren e pergunta como ela se sentiu quando Sanders disse a ela que uma mulher não poderia ser presidente. Ela simplesmente ignorou a palavra de Sanders, o tratando como um mentiroso. Vejam:
O vídeo no YouTube tem 1,5 mil curtidas, e 16 mil pessoas reagiram negativamente. A proporção captura bem a reação geral. Muita gente detonou a emissora por conta dessa postura absurda. A CNN, como todo o establishment "progressista", prefere Warren, a professora de Harvard. O que a CNN fez, porém, foi escancarado demais, nojento demais. Ela conseguiu fazer os conservadores demonstrarem simpatia pela posição constrangedora de Bernie Sanders!
Elizabeth Warren, a "Pocahontas" que mentiu sobre sua herança indígena, tem adotado bandeiras cada vez mais radicais, como o socialismo na saúde. É falsa como uma nota de três dólares. Mas tem a imagem que a mídia aprecia. Sanders é malucão, parece honesto em suas crenças estapafúrdias, ao contrário de Warren, que faz tudo ensaiado.
Warren sequer cumprimentou Sanders. Preparou o terreno para o que vinha a seguir. Armou uma arapuca para o companheiro de partido e adversário de primárias. Vale tudo para vencer a disputa? Pela ótica sub-reptícia de Warren, pelo visto, sim. E ela contou com o apoio da CNN nesse show lamentável de vileza.
Depois perguntam o motivo da perda de credibilidade da mídia mainstream. Não é culpa de Trump, que a acusa de viés partidário e produzir Fake News. É a própria imprensa que não cansa de dar sinais de desonestidade para favorecer seus candidatos preferidos. E o público percebe o truque...
