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O novo presidente da Colômbia é Gustavo Francisco Petro Urrego, 62 anos, do partido de esquerda Pacto Histórico. Gustavo, eleito neste domingo por pequena margem acima de 50% dos votos, ocupa cadeira no Senado, já foi prefeito de Bogotá, e tem biografia controversa por já ter feito parte da guerrilha M-19 e ter sido amigo de Hugo Chávez, embora seja um desafeto de Nicolás Maduro, presidente atual da Venezuela. É o primeiro presidente de extrema esquerda eleito pelos colombianos.

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Petro pretende aumentar impostos sobre as quatro mil maiores fortunas do país e sobre propriedades improdutivas com mais de 500 hectares. Seus planos também envolvem pagar por educação superior de todos os servidores da segurança pública, cota de 50% de vagas para mulheres nos cargos públicos e o estímulo às fontes renováveis de energia.

O presidente da Bolívia, Luis Arce, também de esquerda, felicitou Petro e sua companheira de chapa, Francia Márquez, e ressaltou que com sua vitória nas eleições presidenciais na Colômbia "a integração latino-americana se fortalece".

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"Parabéns ao povo colombiano! Nossos parabéns ao irmão Gustavo Petro e à irmã Francia Márquez por sua vitória hoje nas urnas", disse no Twitter. Arce afirmou que, com Petro e Márquez, "a integração latino-americana se fortalece. "Nos unimos à festa das e dos colombianos", acrescentou.

O ex-presidente boliviano Evo Morales também se juntou às felicitações a Petro e Márquez, a quem destacou como a primeira vice-presidente afrodescendente da história da Colômbia. "Parabenizamos o povo da Colômbia, o irmão Gustavo Petro, o presidente recém-eleito, e a irmã Francia Márquez, a primeira vice-presidente afrodescendente da história daquele país por sua vitória indiscutível nas urnas. É a vitória da paz, da verdade e da dignidade”, destacou nas redes sociais.

O presidente do Chile, Gabriel Boric, também de esquerda, classificou a vitória de Petro é uma "alegria para a América Latina" logo após lhe telefonar para transmitir seus parabéns. "Trabalharemos juntos pela unidade de nosso continente nos desafios de um mundo que muda rapidamente. Seguimos!", escreveu no Twitter.

O presidente do Peru, Pedro Castillo, outro de esquerda, parabenizou Petro pela histórica vitória democrática" ​​nas eleições presidenciais. "Acabei de ligar para Petro para parabenizá-lo por sua histórica vitória democrática na Colômbia. Estamos unidos por um sentimento comum que busca melhorias coletivas, sociais e de integração regional para nossos povos. Irmão Gustavo, conte sempre com o apoio do Peru", escreveu no Twitter.

A vitória de Gustavo Petro também foi reconhecida em Cuba e Venezuela. O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, felicitou o presidente colombiano eleito "Expresso minhas mais fraternas congratulações a Gustavo Petro por sua eleição como presidente da Colômbia em uma histórica vitória popular", disse no Twitter.

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Díaz-Canel também expressou em sua mensagem a Petro a "disposição de avançar no desenvolvimento das relações bilaterais para o bem-estar de nossos povos". O ministro das Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez, também reagiu no Twitter com "calorosas felicitações" ao candidato vencedor do segundo turno das eleições presidenciais colombianas.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, também reconheceu a vitória do colombiano. "Parabenizo Gustavo Petro e Francia Márquez pela histórica vitória nas eleições presidenciais na Colômbia. Ouviu-se a vontade do povo colombiano, que saiu para defender o caminho da democracia e da paz. Novos tempos estão à vista para este país irmão", comentou no Twitter.

Da mesma forma, o número dois do chavismo, Diosdado Cabello, expressou seus melhores votos a Petro e lhe desejou "o maior sucesso". "Gostaria de ser breve, mas as vitórias dos povos me dão uma grande e imensa alegria. A Colômbia votou por uma mudança, desejamos o maior sucesso ao presidente Petro e à vice-presidente Márquez. Ao povo colombiano: um abraço bolivariano", afirmou o deputado na rede social.

No Brasil, o ex-presidiário Lula tinha declarado apoio ao "companheiro" Petro, e fez discurso de integração regional no caso de sua vitória, agora concretizada. A esquerda radical toda está em polvorosa. O Foro de SP, após importantes derrotas na região, voltou com tudo ao poder. O Brasil de Bolsonaro é o grande obstáculo, a maior resistência ao comunismo no continente.

Não por acaso Bolsonaro é tão atacado. Marcelo Lins, o esquerdista radical da GloboNews, não se conteve em empolgação: "Na Colômbia, Gustavo Petro fez um discurso contemporâneo, conciliador e contundente. Agradeceu à onda de mulheres e jovens que lhe garantiram a vitória.Enalteceu a Educação, a tecnologia, a reforma agrária, a sustentabilidade e o respeito aos direitos fundamentais". Ele acrescentou: "Enquanto o Brasil se afunda no lodaçal de uma política predatória e assassina para a Amazônia , a Colômbia elege um presidente que diz: 'Primeiro a paz, em segundo, a justiça social, em terceiro, a justiça ambiental'."

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O ultraesquerdista Ricardo Noblat compartilhou uma publicação do Mídia Ninja dizendo que "está chegando a hora", com a imagem de cada presidente mais à direita eliminado do poder na região, sobrando somente Bolsonaro:

Hoje não resta dúvida de que Bolsonaro é a barreira entre o comunismo e o povo brasileiro. O resultado concreto na Colômbia será péssimo; não é preciso ser Nostradamus para saber - basta ter bom senso. O esquerdismo radical nunca foi capaz de entregar bons resultados, e não será diferente nesta nova tentativa. Mas a esquerda não liga para isso.

A pandemia veio como um presente para essa turma, assim confessado pelo próprio Lula e pela atriz Jane Fonda. A reação à pandemia foi ainda pior, com lockdowns que destruíram a economia. A esquerda chafurda na lama, precisa do caos para prosperar politicamente. No Brasil, tem explorado as mazelas econômicas produzidas na pandemia e agravadas com a guerra russa para desgastar o atual governo.

Bolsonaro se vê numa sinuca de bico, e sobe o tom contra a Petrobras, usada como bode expiatório. Não é uma situação nada fácil. Seu tom desagrada liberais, mas tem justificativa política. Se a esquerda radical voltar ao poder também no Brasil, como o PT de Lula, o purismo liberal de nada vai adiantar, pois a Petrobras será novamente destruída de dentro. Seria a volta do petrolão.

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O Brasil cansa, e a América Latina como um todo cansa muito. Ricardo Salles chegou a desabafar hoje: "A chance da América Latina dar certo é quase zero". Não podemos ser fatalistas ou derrotistas, mas com esses recentes resultados eleitorais no continente, parece impossível discordar. Quem nasce para lagartixa nunca chega a jacaré...