Por Nádia Medici, publicado pelo Instituto Liberal
O mercado brasileiro é liderado por empresas familiares: segundo dados do IBGE e do Sebrae, 90% das empresas no Brasil são familiares. Como isso pode ser negativo para a economia do país? Pesquisas apontam que, a cada 100 empresas familiares, 70% não prosperam após a geração do fundador devido aos conflitos internos e, algumas vezes, por anos de liderança de um líder dominador que não desenvolve, ao longo dos anos, sucessores fortes e capazes de dar continuidade ao trabalho.
É verdade que empresas familiares tendem a ter ambientes liderados por conservadores e que as relações próximas entre os administradores possibilitam atitudes pouco profissionais. Contudo, com o passar do tempo, os líderes entenderam isso e conheceram os possíveis danos que medidas pouco profissionais dentro das empresas podem causar. Com isso, a disposição por mudar o modelo de gestão aumentou, tornando os processos mais dinâmicos a fim de evitar conflitos internos e possibilitar o crescimento dos negócios.
É claro que o caminho não é apenas reconhecer a necessidade de mudança, mas sim efetivá-la com todos os que ocupam cargos de liderança. Assim se inicia o processo de “arrumar a casa”, assumir medidas mais profissionais, colocar em prática o uso de tecnologias, estruturar o processo de desenvolvimento dos sucessores e reaproximar as estratégias de venda dos valores essenciais da empresa.
Se hoje a sua realidade é gerenciar uma empresa ao lado de seus pais e familiares e isso tem sido um desafio, procure estratégias e lembre-se de que liderar não é algo inato do ser humano, não é uma característica genética. Com isso, é preciso responsabilidade ao assumir as tomadas de decisões.
O autor Jim Collins acredita que a liderança é aprendida e, ao longo de seus estudos, solidificou sua teoria: “Para uma empresa ter um grande líder, é necessário que haja alguém na empresa que queira tornar-se um. É uma decisão, é uma escolha, é uma jornada. Não é um direito de primogenitura”.
Sendo assim, por mais que os caminhos o levem naturalmente ao controle da empresa da família, somos livres para fazer nossas escolhas e, principalmente, responsáveis por elas após fazê-las. Ao assumi-las, esteja disposto a “arrumar a casa” quantas vezes forem necessárias e busque o equilíbrio entre os interesses dos sócios e faça prosperar.
*Nádia Medici é associada I do Instituto Líderes do Amanhã.
Fim do ano legislativo dispara corrida por votação de urgências na Câmara
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Frases da Semana: “Alexandre de Moraes é um grande parceiro”
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS