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Rodrigo Constantino

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Escárnio

Como foi que chegamos até aqui?

A primeira-dama do Brasil, Janja da Silva. (Foto: EFE/André Borges)

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A primeira-dama brasileira voltou aos holofotes com suas "gafes". As falas de Janja ocorreram neste sábado, durante um painel sobre desinformação com o influencer Felipe Neto e outros debatedores. A mulher de Lula pediu o microfone da plateia para falar. Em seis minutos, ela xingou o dono do X do nada, referiu-se ao ministro do Supremo Alexandre de Moraes como “um grande parceiro na questão das fake news” e chamou de “bestão” o suicida de Brasilia – se foi mesmo suicídio.

A coisa é tão bizarra, sem noção e sem qualquer caridade ou empatia, que até esquerdistas criticaram a esposa do presidente. O próprio Lula fez uma espécie de reprimenda pública ao dizer que não se deve xingar ninguém - a menos se for Trump e Bolsonaro, claro. Lula sentiu o baque por conta do desgaste diplomático que a fala causou, ciente de que o governo Trump vai adotar uma postura bem diferente de Biden.

Como alguém como Janja é a primeira-dama do Brasil? Os refinados tucanos que fizeram o L não sentem saudades de Marcela Temer ou Michele Bolsonaro, para não citar Dona Ruth Cardoso?

O Globo deu destaque à reação bolsonarista, afirmando que a oposição usou a fala ofensiva de Janja como "munição". Podemos apenas imaginar qual seria o tom se fosse a Michelle Bolsonaro xingando alguém assim, um futuro secretário do governo americano. Quando Paulo Guedes chamou a mulher de Macron de "feia" a imprensa já ficou em polvorosa! O duplo padrão não falha nunca, e por isso a credibilidade do jornalismo despenca a cada dia.

Mas a reflexão que gostaria de propor aqui é como foi que chegamos a esse ponto. Como alguém como Janja é a primeira-dama do Brasil? Os refinados tucanos que fizeram o L não sentem saudades de Marcela Temer ou Michele Bolsonaro, para não citar Dona Ruth Cardoso? Bolsonaro era muito "tosco", dizia palavrão demais, e isso produzia um efeito incrível em certa elite "progressista". Mas alguém achou mesmo que colocando o ladrão de volta à cena do crime, como diria Alckmin, seria positivo para a imagem institucional do Brasil?

Enquanto falava, Janja estava ao lado de Felipe Neto, outro que desafia o bom senso. Num país sério, ele seria ainda um simples imitador de focas com cabelo colorido, que fez fama e fortuna perante a garotada boboca da internet. Mas a Globo resolveu tratá-lo com seriedade, assim como Barroso, o atual presidente do STF. O rapaz foi alçado pela mídia e sistema ao patamar de "intelectual" com algo importante a dizer sobre tolerância. Que loucura é essa?

O Brasil não estaria nessa situação não fosse justamente a hipocrisia de uma elite podre, que demonizava Bolsonaro por seu estilo de "tiozão do churrasco", mas passa pano para Lula e seus petistas amestrados. E estou focando apenas no aspecto da forma, tão cara a esse pessoal com sua visão estética de mundo. Pois se formos falar de conteúdo, aí a coisa fica bem pior para o lado esquerdo, com a volta dos escândalos de corrupção, as estatais arrombadas dando prejuízo e a aproximação com o eixo do mal na geopolítica.

Como se sentem os "liberais de mercado" que fizeram o L? Arminio Fraga, João Amoedo, Elena Landau, Mendonça de Barros e companhia estão com "medo" ou "preocupados", mas alguém tem alguma dúvida de que fariam o L novamente contra Jair Bolsonaro?

É justamente essa postura da nossa elite que trouxe o país até esse abismo. Sem essa gente dando aval para Lula, ou colocando um imitador de focas para falar em nome do "progressismo", não haveria Janja e suas "gafes". A primeira-dama ainda estaria como visitadora de presidiário e o Brasil poderia ser um país mais sério...

Conteúdo editado por: Jocelaine Santos

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