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Em 2010, o então presidente Lula resolveu homenagear com o Grande-Colar da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, a mais alta condecoração brasileira dada a estrangeiros, o ditador sírio Bashar al-Assad. Após 24 anos de regime brutal, que chegou a utilizar armas químicas contra civis, al-Assad fugiu para Moscou, sob a proteção de Putin.
Não há mocinho na Síria. Se o regime de al-Assad era ditatorial e assassino, isso não faz dos "rebeldes" vitoriosos um grupo decente. O líder do HTS é um radical que já foi ligado a Al Qaeda e é considerado terrorista pelos Estados Unidos, que colocaram uma recompensa de dez milhões de dólares por sua cabeça. Não há qualquer primavera árabe no radar, portanto.
O maior vitorioso na Síria não é o povo em si, especialmente as minorias de cristãos, drusos e curdos, mas sim Netanyahu. Sua estratégia tem sido de enfrentamento aos terroristas para desestabilizar o regime iraniano, que é quem financia e controla esses grupos
Mas uma coisa é certa: a queda de al-Assad significa o enfraquecimento do Irã. Eram os aiatolás xiitas que, por meio do Hezbollah, garantiam uma perna ao regime do al-Assad. A outra era garantida pelo próprio Putin. Mas Israel arrancou essa perna ao desmobilizar quase totalmente o Hezbollah, enquanto Putin enfrenta uma longa e penosa guerra contra a Ucrânia.
O que a derrocada de al-Assad mostra é que esses tigres eram de papel em essência. O maior vitorioso na Síria não é o povo em si, especialmente as minorias de cristãos, drusos e curdos, mas sim Netanyahu. Sua estratégia tem sido de enfrentamento aos terroristas para desestabilizar o regime iraniano, que é quem financia e controla esses grupos. E jamais ter cedido as colinas de Golã se mostrou essencial para essa defesa israelense agora.
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Enquanto o nefasto regime iraniano agoniza sem seus vassalos Hamas e Hezbollah, quase dizimados por Israel, Lula resolveu aproximar o Brasil do Irã e levá-lo até para os Brics, ao lado da Rússia de Putin, que também agoniza. Seria o abraço dos afogados do eixo do mal?
Trump vem aí e isso já afeta a diplomacia mundial. Trudeau andou elogiando o presidente americano eleito e Macron disse que estava muito feliz com o retorno de Trump a Paris, num aperto de mão bem firme. O Ocidente já se move para se adaptar à liderança de Trump, que compreende que a paz só vem pela força.
Na Guerra Fria 2.0, os inimigos do Ocidente não terão a mesma facilidade de avanço que encontraram sob Obama e Biden. E hoje o Brasil, sob o lulismo, está do lado errado da história, de mãos dadas a essas ditaduras terríveis como Irã, Rússia e China. E a queda de al-Assad, após mais de duas décadas, mostra que toda ditadura um dia termina...
Conteúdo editado por: Jocelaine Santos