Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Rodrigo Constantino

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Oriente Médio

Companheiros de Lula, aiatolás do Irã estão enfraquecidos

Rebeldes rasgam retrato do ditador da Síria, Bashar al-Assad, em Aleppo, tomada na semana passada (Foto: KARAM AL-MASRI/EFE/EPA)

Ouça este conteúdo

Em 2010, o então presidente Lula resolveu homenagear com o Grande-Colar da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, a mais alta condecoração brasileira dada a estrangeiros, o ditador sírio Bashar al-Assad. Após 24 anos de regime brutal, que chegou a utilizar armas químicas contra civis, al-Assad fugiu para Moscou, sob a proteção de Putin.

Não há mocinho na Síria. Se o regime de al-Assad era ditatorial e assassino, isso não faz dos "rebeldes" vitoriosos um grupo decente. O líder do HTS é um radical que já foi ligado a Al Qaeda e é considerado terrorista pelos Estados Unidos, que colocaram uma recompensa de dez milhões de dólares por sua cabeça. Não há qualquer primavera árabe no radar, portanto.

O maior vitorioso na Síria não é o povo em si, especialmente as minorias de cristãos, drusos e curdos, mas sim Netanyahu. Sua estratégia tem sido de enfrentamento aos terroristas para desestabilizar o regime iraniano, que é quem financia e controla esses grupos

Mas uma coisa é certa: a queda de al-Assad significa o enfraquecimento do Irã. Eram os aiatolás xiitas que, por meio do Hezbollah, garantiam uma perna ao regime do al-Assad. A outra era garantida pelo próprio Putin. Mas Israel arrancou essa perna ao desmobilizar quase totalmente o Hezbollah, enquanto Putin enfrenta uma longa e penosa guerra contra a Ucrânia.

O que a derrocada de al-Assad mostra é que esses tigres eram de papel em essência. O maior vitorioso na Síria não é o povo em si, especialmente as minorias de cristãos, drusos e curdos, mas sim Netanyahu. Sua estratégia tem sido de enfrentamento aos terroristas para desestabilizar o regime iraniano, que é quem financia e controla esses grupos. E jamais ter cedido as colinas de Golã se mostrou essencial para essa defesa israelense agora.

Enquanto o nefasto regime iraniano agoniza sem seus vassalos Hamas e Hezbollah, quase dizimados por Israel, Lula resolveu aproximar o Brasil do Irã e levá-lo até para os Brics, ao lado da Rússia de Putin, que também agoniza. Seria o abraço dos afogados do eixo do mal?

Trump vem aí e isso já afeta a diplomacia mundial. Trudeau andou elogiando o presidente americano eleito e Macron disse que estava muito feliz com o retorno de Trump a Paris, num aperto de mão bem firme. O Ocidente já se move para se adaptar à liderança de Trump, que compreende que a paz só vem pela força.

Na Guerra Fria 2.0, os inimigos do Ocidente não terão a mesma facilidade de avanço que encontraram sob Obama e Biden. E hoje o Brasil, sob o lulismo, está do lado errado da história, de mãos dadas a essas ditaduras terríveis como Irã, Rússia e China. E a queda de al-Assad, após mais de duas décadas, mostra que toda ditadura um dia termina...

Conteúdo editado por: Jocelaine Santos

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.