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Questionar, eis o principal. Não aceitar a valor de face o que é imposto pela mídia. Não aderir bovinamente ao que vem de "especialistas". Não sucumbir à pressão de grupos organizados, canceladores de redes sociais. Não ligar para os rótulos que tentam colocar em você para interditar o debate e não precisar rebater seus argumentos. Para essa postura, é preciso ter coragem e independência.

Minha filha está com Covid. Vacinada, duas doses da Pfizer. Assintomática, basicamente, a ponto de praticar exercício físico. Foi um leve resfriado e já passou. Mas por ter feito o teste, perdeu sua viagem de ano novo. Sua prima, que estava com influenza no Natal, pode ir. Com toda razão decepcionada, minha filha tem perguntas. Tem a curiosidade de entender por que tanto alarde para uma variante que, até aqui, mostrou-se bem suave, ainda mais em sua faixa etária. Gostaria de saber por que tratam todas as idades da mesma forma, já que os riscos são bem diferentes. Por fim, ela adoraria entender por que questionar tais coisas e o passaporte vacinal já lhe rendem o rótulo de "negacionista" ou "antivaxx" entre os jovens.

O mundo não é justo. E é preciso escolher estar entre as "Marias vão com as outras" ou aquelas que pensam por conta própria. Eu também tenho muitas perguntas. Aliás, eu as tenho feito desde o começo da pandemia. Eram mesmo só 15 dias para achatar a curva? As máscaras vão mesmo impedir o contágio? O lockdown tem eficácia comprovada? Cobram o teste de ouro duplo cego randomizado para outros medicamentos de outras doenças? Conhecem os riscos da vacina a longo prazo, uma vez que foram produzidas em tempo recorde? E por aí vai.

Fazer essas perguntas também me rendou o rótulo de "negacionista", usado até por um governador que mais parece lobista de laboratório chinês de vacina. Tentam calar os curiosos desde o começo, impedir os questionamentos, interditar o debate. Esquecem que ciência é feita com base na dúvida, não em dogmas. Ignoram que os "especialistas" também sabem muito pouco sobre o todo, e podem ter conflitos de interesse ou serem tragados pela vaidade, pois são seres humanos.

O ano de 2021 termina como uma continuação de 2020. Muitas promessas de "especialistas" se mostraram falsas. O Butantan chegou a garantir 100% de proteção com a vacina e afirmou que era Fake News falar em terceira dose, pois duas doses seriam mais do que suficientes. A politização da pandemia foi bizarra desde sempre, e isso matou a ciência. Nas redes sociais, times foram criados, tribos se formaram, e os rótulos encerravam qualquer chance de conversa adulta. Faltou humildade a quase todo mundo.

Vamos para 2022 no mesmo clima. As autoridades culpam agora os que tomaram "apenas" duas doses pela permanência da pandemia, vendendo o "booster" como salvação. A mídia foca no número de casos, ignorando que a Ômicron é bem mais transmissível, mas bem menos agressiva. Alguns voltam a falar em lockdown e máscaras obrigatórias. Querem vacinar crianças, impondo a narrativa de que quem tem receios é insensível e assassino de infantes. Pregam o passaporte vacinal como se vacinados não transmitissem o vírus. Tudo muito louco!

E o pior: com boa parcela da população não só aceitando passivamente, como colaborando, demandando autoritarismo, exigindo que "alguém" prometa sua segurança. Delegam suas liberdades em troca da falsa sensação de proteção. É assim que as liberdades morrem: por falta de coragem e de independência.

De minha parte, pretendo continuar com minhas dúvidas, questionamentos, e tocando minha vida sem paranoia ou pânico, praticando convívio social, eventualmente aglomerando para curtir bons shows de rock. Quem só pensa em postergar um pouco o tempo de sobrevida, sem questionar qual vida pretende ter, já morreu e nem sabe. O que mais tem por aí é zumbi. Que em 2022 meus leitores estejam no time dos corajosos e independentes!

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