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Rodrigo Constantino

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Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Educação

A era dos mimados

(Foto: Keira Burton/Pexels)

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Uma cena está viralizando nas redes sociais hoje. Uma mulher pede para que a passageira troque de lugar pois seu filho quer ir na janela. A criança faz um escândalo no avião, e a passageira se mantém calma e irredutível, sem ceder seu lugar na janela. A mãe passa, então, a filmar a passageira para constrangê-la, questionando se ela não tem empatia, e que seu comportamento é absurdo em pleno século 21.

Felizmente, a reação nas redes sociais não foi favorável a esta mãe. A maioria percebeu que o absurdo foi justamente sua postura. Primeiro, por achar que o desejo de seu filho deve ser como um decreto imperial que todos devem atender imediatamente. Depois, pela tentativa abjeta de constranger a passageira desta forma.

Só porque a criança resolveu que quer ir na janela os outros devem trocar de lugar? E se não o fizeram devem ser constrangidos desta forma perante os demais passageiros?

Quem faz uma reserva, normalmente faz com antecedência e pode até pagar mais caro para pegar um lugar desejado. Independentemente disso, ninguém deve ser obrigado a ceder seu lugar no avião por conta da birra de uma criança mimada que quer ir na janela. Todos são livres para praticar atos generosos, e eles são desejáveis. Se um idoso com dificuldade de andar ou uma mulher grávida entram num ônibus, por exemplo, acho que seria louvável um homem jovem oferecer seu lugar sentado.

Mas aqui o caso é bem diferente. E pela postura da mãe dá para inferir que ela não deu boa educação ao seu filho. Então só porque a criança resolveu que quer ir na janela do avião os outros devem trocar de lugar? E se não o fizeram devem ser constrangidos desta forma perante os demais passageiros e também o público em geral nas redes sociais?

Se eu sou essa passageira, também não cederia meu lugar a uma mãe dessas que quer terceirizar a educação do seu filho e está criando um monstrinho mimado. Se sou ela, ainda meto um processo tanto na mãe como na companhia aérea por ter permitido esse grau de assédio em pleno voo. Os passageiros têm todo direito de preservar seus lugares reservados e desfrutar de um voo em paz.

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Conteúdo editado por: Jocelaine Santos

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