Nova Matriz Macroeconômica é o nome da linha “desenvolvimentista” adotada pelo governo do PT, que na verdade foi um grande conjunto de erros e equívocos, levando aos caos econômico que vivemos hoje. Em linhas gerais, segue um pequeno resumo:
Onde o governo errou
- Ausência de reformas estruturais (tributária, trabalhista, previdenciária);
- Excesso de intervencionismo na economia (controle de preços, quebra de contratos, juros derrubados na marra);
- Acelerada expansão de gastos públicos e crédito;
- Negligência com a inflação;
- Malabarismos contábeis (perda de credibilidade);
- Seleção de “campeões nacionais” via BNDES (investimento em lobby em vez de produtividade);
- Priorizar estímulo ao consumo calcado no endividamento das famílias;
- Demora para fazer leilões de privatização para investimento em infraestrutura, além de formato ineficiente;
- Ideologização do Mercosul “bolivariano”;
Ou seja, o governo agiu como uma cigarra que foi irresponsável ao pensar que o verão duraria para sempre – então o inverno chegou.
Agora, sabendo onde escorregamos e conhecendo as boas teorias econômicas, é fácil entender quais passos devemos adotar para reverter o quadro e recolocar o Brasil nos trilhos: fazer justamente o oposto disso tudo.
O que deve ser feito, com base na boa economia:
- Aprovar as reformas estruturais, principalmente a previdenciária, para estancar a sangria dos gastos públicos;
- Reduzir o grau de intervenção na economia, abolindo o controle de preços e permitindo que o mercado os defina;
- Cortar despesas públicas e reduzir o papel dos bancos estatais na oferta de crédito;
- Dar autonomia operacional para o Banco Central efetivamente perseguir o centro da meta de inflação;
- Adotar maior transparência nas finanças públicas, interrompendo as pedaladas;
- Parar de usar o BNDES para selecionar os campeões nacionais, permitindo o desenvolvimento do mercado de crédito de longo prazo da iniciativa privada;
- Não estimular o consumo irresponsável das famílias, o que pode render votos pela sensação de enriquecimento imediato, mas que cobra um alto custo com a inadimplência depois;
- Voltar a apostar nas privatizações, principalmente nos setores de infraestrutura;
- Fechar acordos bilaterais de livre comércio, em especial com Europa e Estados Unidos, saindo da camisa de força ideológica do Mercosul.
O governo Temer tem apontado na direção certa em muitos desses pontos, mas ainda é cedo para dizer se terá a coragem de seguir adiante na velocidade e magnitude necessárias.
Sabemos que não há escapatória, nem existe milagre. Ou o governo resolve dar esses passos com determinação, ou não vamos crescer de forma sustentável.
Como cheguei a essas conclusões? Para entender as causas da crise, os danos da nova Matriz Econômica e as soluções possíveis, basta ter um conhecimento básico sobre economia.
Esse conhecimento está em um curso, ministrado por mim, chamado “Bases da Economia – Entendendo o funcionamento do mercado”.
Ao compreender como a economia funciona, você também será capaz de proteger seus investimentos contra as muitas decisões equivocadas que são tomadas por nossos governantes.
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Rodrigo Constantino