Duas notícias recentes de destaque na economia:
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,14% em novembro. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,83% e, em 12 meses, de 2,67%, abaixo dos 2,72% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores, indo ainda mais abaixo do piso da meta para 2019, reforçando as apostas de uma nova redução na taxa básica de juro, em dezembro.
De janeiro a outubro deste ano, 841.589 novos empregos de carteira assinada foram criados no Brasil. O número supera em cerca de 6% o saldo de vagas formais do mesmo período de 2018, quando 790.579 vagas foram criadas. O resultado do período também é o maior desde 2014.
Se voltarmos mais algumas semanas no tempo, temos essa outra manchete, que em breve deverá se repetir, só que com um nível ainda menor:
Há muitos fatores para se criticar o governo Bolsonaro, sem dúvida, mas a área econômica tem feito sua parte. A agenda de reformas liberais segue, apesar do Congresso, e a receita é a correta: abertura comercial, privatizações, limites dos gastos públicos, menos burocracia etc.
Claro que não é possível reverter o estrago deixado pelo PT em um ano, e é preciso reconhecer que as mudanças já tinham começado com Temer. Mas é inegável que a equipe técnica e liberal montada por Paulo Guedes tem muito mérito nessas conquistas.
Não obstante, as "viúvas do PSDB", sem falar dos petistas, seguem só criticando o governo no aspecto econômico. A melhor resposta talvez seja, além de esfregar os dados da realidade, a ironia, como nessa página:
Não vou nem perguntar se alguém sente saudades de Dilma, de Guido Mantega, de Lula, pois isso seria covardia: só uma pessoa desprovida de qualquer massa cinzenta poderia preferir o retorno àquela época sombria. Mas pergunto: alguém sente saudades dos tucanos? Acham que Bresser-Pereira faria melhor? Condenam a agenda de privatizações tocada por Salim Mattar, mas querem regressar ao modelo tucano que alimentou o "capitalismo de laços" no país?
Em suma, as coisas estão melhorando na economia. Poderiam melhorar em ritmo ainda mais acelerado? Claro, sempre é possível. Poderia o governo fazer ainda mais? É sempre desejável. Mas é preciso reconhecer que: 1) o governo tem feito bastante; 2) nem tudo depende do poder Executivo, e vários obstáculos são impostos pelo Congresso ou o poder Judiciário.
Devemos criticar o governo onde ele erra. Isso é parte crucial do trabalho da imprensa. Mas é sintoma de pura implicância ideológica se negar a admitir que muitas coisas vêm mudando para melhor, graças ao trabalho da equipe econômica liberal apontada por Paulo Guedes, que por sua vez foi o ministro escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro.
Falo por mim: condeno os excessos de alas do bolsonarismo e me incomodo com o nacional-populismo presente na mentalidade do presidente; tenho receio do projeto personalista contido nas bases da Aliança; irrita-me a postura desagregadora da militância bolsonarista; mas não sinto saudade alguma dos tucanos, muito menos da quadrilha petista...
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