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O que o povo nas ruas está pedindo? Liberdade, transparência eleitoral, fim da censura, combate ao comunismo. E qual o denominador comum para tanta gente diferente? Parece-me que o compartilhamento de valores básicos como a fé em Deus, o patriotismo e a defesa da família.
Tais valores estão sob ataque pela esquerda radical faz tempo. Os militantes socialistas desprezam o cristianismo, tratam o patriotismo como fruto do atraso, e consideram qualquer coisa como família, o que é o mesmo que destruir a visão do núcleo familiar.
Para esses cosmopolitas "progressistas", defender Deus, Pátria e Família é coisa de "fascista". Mas isso é absurdo. E pretendo resumir, de forma bem sucinta, o verdadeiro motivo pelo qual a esquerda declarou guerra a tais valores, nessa guerra cultural em curso há décadas.
Deus: se você acredita em um Criador, você responde a uma autoridade superior, realmente suprema, que está acima das leis dos homens, sempre imperfeitos. Você dá a César o que é de César, mas não dá tudo, não se torna um escravo do estado, pois responde a Deus acima de tudo.
Crentes com esse perfil costumam ter uma régua moral mais rigorosa, e também fugir do relativismo mundano. Essas pessoas costumam ter mais força para enfrentar as injustiças dos homens também, pois elas sabem que o verdadeiro julgamento vem depois, quando seu Pai avaliar o comportamento aqui nesta vida.
Isso traz determinação, coragem, firmeza e clareza morais, tudo aquilo que os potenciais tiranos mais odeiam em suas presas. Os autoritários coletivistas precisam substituir esse Deus pelos "deuses" modernos, como o estado ou Gaia, o planeta, de modo a justificar seu abuso de poder. As religiões políticas e seculares são antagônicas ao cristianismo.
Pátria: compartilhamos de uma cultura comum, recebemos um legado de nossos antepassados que dividem uma mesma história, temos apreço por nossa vizinhança, identificamo-nos com aqueles que falam a mesma língua e estão no mesmo barco. O patriotismo é um sentimento que une, que serve como cola do tecido social.
Globalistas odeiam isso, pois precisam de abstrações como a Humanidade para impor sua tirania. Jesus Cristo nos disse para amar o próximo, não a Humanidade. Nosso vizinho de carne e osso tem defeitos, e é mais fácil nada fazer para ajudá-lo enquanto fica pregando por aí que quer "salvar o mundo".
A esquerda globalista quer abolir as fronteiras nacionais para criar um governo mundial, usurpando a soberania dos povos. Os "pequenos pelotões" de que falava Burke são a principal resistência a tal avanço totalitário. Em nossas associações voluntárias dividimos experiências, interesses comuns, e isso cria uma sociedade de fato.
Família: cada indivíduo chega ao mundo num contexto familiar, e ali será formado, preparado para se tornar um cidadão - não do mundo, mas de sua sociedade. Os valores coletivos, comuns, vão ajudar a definir o entorno e ajudar nessa criação, enquanto filhos educados contribuem para formar sociedades saudáveis. É um círculo virtuoso.
A esquerda radical não quer isso, pois adota a visão paternalista do estado, que vai cuidar de cada um de nós do berço ao túmulo. Famílias unidas representam obstáculos a esse objetivo, além de jovens disfuncionais significarem mais "clientes" desse estado paternalista.
Em síntese, a esquerda coletivista e totalitária, para avançar com seu projeto de poder e controle absoluto, precisa enfraquecer os valores de Deus, Pátria e Família. Não é por acaso que vemos tantos ataques diretos e indiretos. E também não é por acaso que aqueles que estão nas ruas de forma heróica e corajosa, pedindo liberdade, sejam em sua maioria pessoas patriotas, cristãos e com enorme respeito pelas famílias conservadoras.