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Ninguém pode negar a falta de emoção na apuração da eleição americana, que mais parece uma final do Superbowl. O resultado ainda está indefinido, pois faltam fechar alguns estados-chave. Os democratas mantêm a esperança de uma virada de Biden, até porque os votos que precisam ser contados são, na maioria, por correio. E há uns saltos esquisitos, como podemos ver:

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Mas o resultado não foi fantástico para o Partido Democrata em geral. Perderam 4 cadeiras na Câmara, ganharam uma no Senado. E a decisão para presidente será no photochart. Nas redações dos principais veículos de comunicação, Trump perdeu de lavada, uns 99,9% a favor de Biden (digo isso pois deve ter um conservador escondido ali, que não pode admitir). Mas nas urnas americanas o buraco é bem mais embaixo, como fica claro.

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A mídia torcedora e os institutos de pesquisa já são, uma vez mais, os grandes perdedores dessa eleição, com sua credibilidade indo pro vinagre de vez. Agora imagina que esse resultado até aqui foi com: 1. massacre da mídia contra Trump; 2. uso demagógico da pandemia; 3. operação abafa do escândalo envolvendo Biden; 4. mídias sociais censurando conservadores. Em condições normais de temperatura e pressão seria lavada mesmo. Pra Trump!

O risco de fraude não pode ser descartado. Contagens pararam em estados-chave, em que Trump liderava. E tivemos esses hiatos estranhos, como já mostrei. Incompetência ou fraude? O risco não é desprezível. E deve acabar em judicialização, como Trump já ameaçou.

Outra lição da eleição: Trump poderia ter sido menos tóxico, fanfarrão, para não afugentar a "mãe do subúrbio". Entendo a revolta com os ataques desonestos da mídia. Entendo alimentar a militância com "mitadas". Mas ele perde voto com essa postura. Pode dar o recado sem os excessos. E assim teria maiores chances também...