O que seria da esquerda sem seu duplo padrão? Quando foi descoberto que Trump tinha documentos sigilosos em sua mansão em Mar-a-Lago, até busca e apreensão do FBI rolou. A mídia tratou o episódio como basicamente prova de que o ex-presidente tinha conluio com os russos, uma invenção democrata que durou todo o mandato do republicano. Foi, em suma, um escarcéu!
Eis que agora ficamos sabendo que Joe Biden possui vários documentos sigilosos em uma de suas casas. O Partido Democrata e a mídia, praticamente sinônimos, estão fazendo de tudo para abafar o caso ou diminuir seu impacto, como se fosse a coisa mais normal do mundo.
A posse em si de documentos sob sigilo em casa não comprova nada. Daí a concluir que há, de fato, uma espécie de conluio, que os presidentes ou ex-presidentes são traidores da Pátria e vendem informação confidencial para potências inimigas vai uma longa distância. Ninguém vai inferir que Biden fazia isso. Mas chama a atenção o duplo padrão.
E no caso do democrata há agravantes. Os documentos sob sigilo estavam em sua casa de Delaware, mas na declaração de renda de Hunter Biden, o filho problemático do presidente, era ele quem morava na casa. Ora, Hunter ficou famoso por ganhar rios de dinheiro com empresas da Ucrânia ou China, e seu laptop revela negócios suspeitos. Hunter sempre foi um "loser" e usava o sobrenome para alavancar esses "deals". Isso já é mais delicado, portanto.
Só que a coisa piora: consta que Hunter pagava aluguel para o próprio pai. E cuidado para não cair da cadeira agora: a módica quantia girava em torno de $50 mil por mês! Não é preciso ser corretor do mercado americano para saber que um aluguel nessa faixa de preço seria suficiente para uma mansão gigantesca de milhões de dólares. Será que estamos diante de um caso de lavagem de dinheiro em família aqui?
As investigações estão apenas começando, mas a postura da imprensa já expõe seu viés escancarado. Tratam de forma bem diferente a posse de documentos na casa de Trump e na casa de Biden. O jornalismo morreu, dando lugar a uma militância partidária disfarçada de imparcialidade. Mas o público não é trouxa...
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