O líder da China, Xi Jinping, previu que "o mundo não voltará a ser o que foi no passado" e defendeu ações coordenadas da comunidade internacional para combater o coronavírus e se adaptar à realidade pós-pandemia. "O problema do mundo pode ser resolvido, mas não por países isoladamente", disse ele nesta segunda-feira durante pronunciamento no primeiro dia da versão online do Fórum Econômico Mundial de Davos.
O líder da ditadura comunista chinesa recordou que 2020 foi tomado pelo surto e que a economia de todo o globo entrou em recessão profunda. O ano também foi marcado, de acordo com ele, pela coragem das pessoas em todo o mundo. Apesar disso, fez um prognóstico negativo: "A pandemia está longe do fim".
Xi Jinping comentou que os problemas enfrentados pelo mundo hoje são complexos e novamente criticou ações isolacionistas. "A História está mudando rapidamente. Cada escolha, cada movimento feito hoje moldará o futuro do mundo", previu. Por isso, segundo ele, a humanidade não pode aprender da "maneira mais dura". "Não podemos dividir o mundo", defendeu.
Depois do pronunciamento de Xi Jinping, o fundador do Fórum, Klaus Schwab, exaltou a decisão da China de ser parte ativa no combate à Covid-19 e também elogiou o viés do presidente voltado para a ciência e a tecnologia, além de aplaudir sua fala sobre a necessidade de "leis internacionais". "Só um mundo e só um futuro em comum", frisou o alemão. Schwab é autor de um livro chamado "The Great Reset", que tem dado a tônica dos globalistas.
Trata-se do velho sonho de um governo mundial, controlado por tecnocratas sem voto, impondo regras de cima para baixo. Seria o fim da soberania nacional dos países. Para esses globalistas, fazer uma aliança com o imperialismo chinês para cumprir esse objetivo é um preço aceitável a ser pago. Eles acreditam que é possível "domar" o dragão chinês, extrair frutos econômicos de uma globalização controlada. Mas é um pacto com o diabo. O regime chinês tem outras intenções.
O apreço dessa turma pela democracia e pelas liberdades individuais é quase inexistente, nulo. Desde que os bilionários possam ficar ainda mais ricos e concentrar mais poder, tudo bem. Por que deveriam escutar o que esses "deploráveis" que votam em Trump, Bolsonaro e no Brexit pensam? Por que se importar com suas opiniões? Melhor usar logo as Big Techs para calar essa gente "tosca", "obscurantista".
Por isso vemos jornalistas aplaudindo a censura e passando pano para o regime chinês. É um misto de grana e ideologia. No curto prazo enxergam uma estratégia para barrar a concorrência e resgatar a velha hegemonia da imprensa, antes de a bolha estourar com as redes sociais. Mas no longo prazo estão alimentando um monstro. "É uma estratégia incrivelmente destrutiva para uma profissão que depende da liberdade de expressão, mas os jornalistas que hoje dominam as redações não pensam no longo prazo — e não se imaginam censores", resume John Tierney, do City Journal.
Com essa postura, a mídia segue perdendo credibilidade e falando apenas para a patota da bolha. Guzzo, falando sobre o caso brasileiro, em que as redações decidiram ser os "centros de resistência" ao governo "fascista", comentou: "A consequência inevitável dessa postura é a progressiva transformação da mídia num produto de baixa utilidade. Como nas seitas religiosas dedicadas a pregar para os convertidos, sua matéria prima é a fé. Satisfaz o 'público interno', mas fica nisso".
A "luta de classes" nunca esteve tão escancarada. De um lado temos o PCC, os globalistas e seus simpatizantes na imprensa; do outro lado temos os líderes nacional-populistas oferecendo um foco de resistência ao governo mundial. Será que os nacionalistas vão conseguir resistir, com a China exercendo tanta influência, tentando comprar todo mundo ou intimidar quem não ceder? O Brasil mesmo foi feito de refém na questão dos insumos da vacina, e o presidente precisou elogiar a "sensibilidade" do regime:
Sabemos não se tratar de sensibilidade, mas também sabemos que Bolsonaro deve ser pragmático com nosso maior parceiro comercial. Curiosamente, era o que a mídia cobrava dele, mas agora reclama da nova postura. "Então o Bolsonaro está errado quando se afasta da China, ou quando ele negocia com a China. É isso?", perguntou Leandro Ruschel. É isso! Ele, por ser um nacionalista, estará sempre errado, pois os globalistas não aceitam outra postura além da subserviência plena, a bajulação, aquela que podemos notar em João Doria e Rodrigo Maia, que mais parecem despachantes do regime chinês no Brasil.
A agenda da ONU 2030 segue a todo vapor. O Great Reset vai em frente, usando como pretexto a pandemia, o "aquecimento global", qualquer problema, real ou inventado, que afete o mundo todo e sirva para uma "solução global". Não consigo ser otimista ao ver esse embate de ideias. São contraditórias demais, inconciliáveis.
Como acredito num ímpeto humano natural pela liberdade, acho que se os globalistas forçarem demais a barra, haverá uma reação firme. Se os chineses e os globalistas vencerem essa guerra, seremos todos uma província chinesa, sem liberdade. Mas antes disso, duvido que os nacionalistas entreguem suas liberdades de bandeja...
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