Há décadas que a esquerda ambientalista demoniza os combustíveis fósseis. Em sua cruzada por uma energia mais limpa e renovável - porém mais cara e inacessível - os ambientalistas criaram todo tipo de obstáculo para a produção de petróleo nos países desenvolvidos. Resultado prático: dependência ocidental de países como Irã, Rússia, Venezuela ou Arábia Saudita.
Quando o avanço tecnológico, como o fracking e o shale gas, permitiu o incremento acelerado da produção energética nos Estados Unidos, a política externa americana passou a ter a liberdade de falar mais grosso com esses estados agressores. A dependência econômica é sempre uma espada na cabeça da diplomacia. Isso está bem claro agora com a Rússia.
Joe Biden quer impor sanções pesadas sobre a Rússia, mas sem pagar o sacrifício doméstico. Não funciona. E para reduzir a dependência russa, o governo americano está flertando com novo acordo com o Irã - intermediado pela própria Rússia! Além disso, pode se voltar para a Venezuela, alimentando o caixa de outro ditador socialista.
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, sinalizou na segunda-feira a disposição de aumentar a produção de petróleo de seu país se os suprimentos russos forem excluídos do mercado internacional, ao descrever uma reunião com autoridades americanas no fim de semana como “respeitosa, cordial e muito diplomática”.
A Venezuela, um aliado russo cuja indústria petrolífera está sob sanções americanas, surgiu como um possível substituto para alguns dos suprimentos de petróleo que poderiam ser proibidos à medida que os Estados Unidos aumentam seus esforços para punir a economia russa.
Qual o sentido disso? É como o caso brasileiro: não produzimos fertilizantes no Brasil para não prejudicar o meio ambiente ou manter reservas indígenas intocadas, tratando seres humanos como mascotes de uma elite culpada, mas compramos adubos de outros países, pois prejudicar o meio ambiente lá no outro país não tem problema. Tem lógica?
A lição que a esquerda ambientalista tira dessa guerra é que temos de acelerar a produção de energia limpa. Mas essa é a lição errada. Primeiro, pois o resultado seria apenas lá no longo prazo, o que em nada ajuda na independência maior dos países ocidentais no presente; segundo, pois essa energia é mais cara e isso é um luxo que somente as elites podem ter, impondo um fardo excessivo aos mais pobres.
A lição certa, em minha opinião, é a de que temos de produzir mais energia no Ocidente, ponto. E se isso significa gasodutos no Alasca, perfuração de petróleo por toda parte e menos burocracia ambiental, então paciência: é o preço a ser pago pela independência ocidental.
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