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Muita gente já me perguntou se eu não desejava ingressar na política, e sempre rebati que quem me quer ver nessa profissão não é meu amigo. Não desprezo a política, pois precisamos dela. Mas via de regra o sujeito, quando se torna um político, acaba deixando o lado mais oportunista falar mais alto, vira um ator num jogo sujo de poder. Afinal, até um bom político precisa ser, antes, eleito.

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O jogo é pesado e não é para amadores nem fracos de estômago. Mas deveria haver algum limite ético. Infelizmente, percebo que não há. O que estão fazendo com a pandemia, para colher dividendos eleitorais, é algo simplesmente abjeto, nefasto. Sambam em cima de cadáveres para tentar responsabilizar o presidente por cada uma das mais de cem mil mortes, o que não faz qualquer sentido.

Todos são livres para criticar o governo e o presidente, achar que mais poderia ter sido feito, atacar a postura de Bolsonaro e tudo mais. Daí a basicamente colocar nele a culpa pelas mortes vai uma longa distância, que separa os decentes dos indecentes oportunistas. E por falar em oportunistas...

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São Paulo é o estado com mais óbitos, de longe. A turma precisa se decidir: ou o isolamento “científico” foi um sucesso, Doria merece aplausos e o presidente não pode ser responsabilizado pelo suposto fracasso do governo federal nas 100 mil mortes, ou ambos devem ser atacados. Sejam mais coerentes...

Sabemos, porém, que coerência não é o forte dessa patota. A cobertura do JN dedicou vários minutos a uma narrativa que pintava o presidente como pior do que o vírus chinês. Deu nojo, confesso. E pior: os que fazem de tudo para responsabilizar o presidente por cada morte são os mesmos que não dizem um ai contra o regime ditatorial chinês por “pragmatismo”.

O JN tratou o ex-ministro Mandetta como um “especialista de medicina”, mas ele é, na prática, um político ortopedista em eterna campanha, que transformou a pandemia em palanque e que pode ter contribuído para mais mortes ao mandar todos ficarem em casa até sintomas maiores. Não será eleito nem para síndico...

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Quantas pessoas a mais morreram de forma desnecessária por conta das recomendações de "especialistas" como Mandetta de que todo mundo deveria ficar trancado em casa até apresentar sintomas mais fortes da doença? Quantas pessoas a mais morreram de forma desnecessária por conta das manifestações "democráticas" lideradas pela esquerda contra o governo, promovendo aglomerações sob o comando de torcidas organizadas e antifas, que a mídia defendeu?

Comentei hoje cedo no Jornal da Manhã sobre esse absurdo de tentar responsabilizar o presidente pelas mortes:

Mas o público está de olho. O oportunismo é tão escancarado, salta tanto aos olhos, que isso só vai ajudar a fortalecer Bolsonaro. Mesmo aqueles que fariam críticas legítimas ao presidente ficam na defensiva ao perceber um jogo tão podre de quem não dá a mínima para as perdas, pois só pensa em transforma-las em trunfo eleitoral. É asqueroso!

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