Muita gente sofre da "síndrome de perturbação" com Trump, chamada de "Trump Derengement Syndrome" por aqui. É um caso patológico que gera pânico em suas vítimas só por mencionar o nome do presidente, tido como a maior ameaça à democracia e à paz mundial por essa turma. A crença carece de qualquer evidência, mas basta a narrativa.
E, para esse pessoal, Trump não pode ter qualquer mérito como presidente. Ele reduziu os impostos? Isso ia gerar um gravíssimo problema econômico, alegavam. O resultado? A economia cresce bem e temos a menor taxa de desemprego em décadas. Os fatos não ligam para seus sentimentos.
Na política externa é a mesma coisa. Trump ia levar a uma guerra nuclear com a Coreia? A realidade é bem diferente, e o ditador comunista se sentou para negociar pela primeira vez em muito tempo. No Oriente Médio a mesma coisa: a morte do terrorista Soleimani levaria ao caos. A prática? O regime está acuado, manifestantes tomaram coragem de sair às ruas novamente, e os países europeus falam em sanções uma vez mais.
Pela primeira vez desde que o acordo nuclear com o Irã foi assinado, em 2015, Reino Unido, França e Alemanha ameaçam tomar medidas para impor novamente sanções aos iranianos. Os três países, signatários do acordo, acionaram nesta terça-feira, 14, o mecanismo de solução de controvérsias no acordo nuclear do Irã de 2015, um forte aviso a Teerã e o primeiro passo para restabelecer novas sanções das Nações Unidas ao país.
O acordo, o legado de Obama na área, era negligente demais e foi incapaz de conter os aiatolás. A postura mais firme de Trump tem surtido efeito, ao contrário. Os europeus querem salvar o acordo, é verdade, mas os itens seriam negociados em outros termos agora, graças à política de dissuasão americana.
Enquanto isso, vemos imagens de jovens manifestantes rasgando um pôster enorme do terrorista Soleimani, um ato de extrema coragem quando se sabe que o regime é responsável pela morte de mais de 500 pessoas nos últimos meses.
A única atleta feminina do Irã a conquistar uma medalha Olímpica, Kimia Alizadeh, de 21 anos, anunciou no fim de semana que estava desertando em razão da "hipocrisia, mentiras, injustiça e bajulação" e por estar, segundo ela, sendo usada como uma "marionete" pelo regime iraniano. "Eles me levaram para onde quiseram", disse ela. "O que quer que eles mandavam, eu usava. Cada sentença ordenada eu repetia."
Essa decisão corajosa serve como inspiração para os demais. E certamente o conhecimento de que, agora, encontram no governo americano um forte aliado é algo que alimenta a reação.
O presidente iraniano disse que o governo vai punir os responsáveis pela derrubada do avião ucraniano. Que piada de mau gosto! O responsável é um só: o próprio aiatolá líder do regime ditatorial. Nenhum ato desses seria realizado sem sua autorização, e vamos lembrar que foi relatado que Khamenei comandava pessoalmente os ataques à base iraquiana. A divulgação disso visava a dar uma aura de força ao líder, mas agora se volta contra ele como um bumerangue.
O regime vai sacrificar uns bodes expiatórios e pronto. Mas o povo está nas ruas protestando, arriscando a própria vida, pois não aguenta mais tanta repressão. Enquanto isso, a esquerda democrata se recusa a apoia-los. A líder na Câmara, Nancy Pelosi, chegou a declarar que nada mudou, que eles protestam por vários motivos. Ela é incapaz de admitir que houve uma mudança após a morte de Soleimani, pois isso seria reconhecer mérito do presidente Trump, algo impensável para os democratas hoje.
Não se faz análise política com o fígado, e essa turma que sofre dessa patologia quando o assunto é Trump não consegue usar mais o cérebro de forma minimamente imparcial. É por isso que erram previsão atrás de previsão: estão torcendo contra o presidente, em vez de analisar o que realmente está acontecendo.
Enquanto os cães ladram, porém, a caravana republicana passa, celebrando a ótima fase econômica e as conquistas geopolíticas. É dura a vida da esquerda...