O presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), informou na manhã desta sexta-feira (12) que o Parlamento devolveu a Medida Provisória 979 ao governo federal. O texto, publicado na última quarta-feira (10), permitia que o Ministério da Educação escolhesse reitores e vice-reitores sem consulta à comunidade acadêmica durante a pandemia.
De acordo com o senador, a MP violava os princípios constitucionais de autonomia e gestão democrática nas universidades. O texto já havia provocado forte repercussão entre as universidades e institutos federais, que também consideraram tratar-se de uma tentativa de violação da autonomia universitária.
Uma reportagem da Gazeta mostrou a forte reação que a MP produziu no meio acadêmico:
A Medida Provisória 979, de 9 de junho, que permite a escolha de reitores temporários para as instituições federais pelo ministro da Educação Abraham Weintraub, enquanto durar a pandemia e só nos casos em que terminar o mandato de um reitor, desencadeou um turbilhão de críticas ao governo federal.
Os partidos de oposição e os sindicatos de professores e de reitores classificaram o documento como ditatorial, porque estaria interferindo na autonomia universitária, prevista no artigo 207 da Constituição Federal, permitindo uma espécie de intervenção indevida.
A matéria explica a mudança de postura do atual governo:
Os ex-presidentes da República Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer seguiram em seus governos a tradição de escolher o primeiro nome da lista tríplice enviada pelo pequeno grupo do Conselho Eleitoral das instituições. Ao ser eleito em 2018, Jair Bolsonaro quebrou esse costume e tentou fazer o que lhe permite a lei: escolher não o primeiro nome escolhido pelo conselho universitário, mas o segundo ou o terceiro.
Bolsonaro também não escondeu o motivo. Para ele, as reitorias estão dominadas por partidos políticos – a maioria de esquerda –, com mais poder de persuasão nas “eleições acadêmicas” e nas decisões do conselho universitário. Por isso, era necessário garantir a alternância de poder escolhendo um nome diferente do grupo da reitoria ou de chapas que dominam as universidades há anos – situação que, para ele, não é democrática.
A MP em questão pode ser casuística e até oportunista, por usar a pandemia para indicar reitores temporários, mas uma coisa é inegável: as universidades federais viraram antros esquerdistas dominados por uma patota corporativista. Há quem negue essa obviedade e chame de "fantasmas" os alvos bolsonaristas, como se fosse paranoia falar da escancarada doutrinação ideológica em curso nas salas de aula. Isso é piada de mau gosto!
Pode-se discordar dos métodos bolsonaristas, mas quem nega a existência do problema só pode ser cúmplice dessa patota. Os casos são inúmeros e comprovam a hegemonia esquerdista nas federais, onde há até campanha escancarada contra o governo, como aconteceu em Juiz de Fora. Alguns falaram que era Fake News ou que o sindicato pagou pelo cartaz, ignorando se tratar de local público. Uma jornalista colocou os pingos nos is:
Em A corrupção da Inteligência, o colunista da Gazeta Flávio Gordon expõe a realidade lamentável na academia, e condena a espiral de silêncio que tomou conta do ambiente, para fingir que não existe o viés ideológico que todos notam. Muitos jornalistas fazem esse mesmo joguinho sujo, tendo de fechar os olhos para coisas bizarras como esta:
Trata-se de Roberto Leher quando assumiu a reitoria da UFRJ, vestindo literalmente o boné do MST. Não é caso isolado. É apenas um exemplo entre vários. Quem repete que as escolhas para as reitorias nas federais seguem algum critério técnico ou científico, sem filtro ideológico, está tentando enganar o público de forma deliberada, para ajudar a manter esse câncer doutrinário que vem destruindo o ensino público no país faz tempo.
O ódio que Weintraub desperta na patota só é similar ao que o ministro Ricardo Salles desperta, e pelo mesmo motivo: ambos resolveram comprar briga com a máfia esquerdista que domina suas respectivas pastas. A "educação" e o Meio Ambiente viraram indústrias bilionárias sustentadas por narrativas ideológicas, e os dois ministros chegaram para fechar essas torneiras dos cofres públicos e expurgar os cupins da máquina estatal. Por isso merecem apoio!
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