A deputada Bia Kicis, indicada para a CCJ da Câmara, incomoda muita gente. Não é para menos: uma pessoa proba, com coragem para defender o que é certo, com embasamento jurídico, é o desespero de bandidos na política mesmo. E daí a campanha intensa que estamos vendo para retira-la do cargo, uma pressão que conta até com ministros do STF, que não se importam de interferir em outro poder com seu ativismo esdrúxulo. Bia já defendeu o impeachment de alguns ali, o que explica a reação.
Mas a reação que mais chama a atenção mesmo é a da esquerda política. Não vivem enaltecendo a mulher empoderada, quando ocupa cargos importantes? Não pede mais participação feminina na política? Pois é. Mas tem que ser a mulher "certa", ou seja, uma esquerdista feminista que, de preferência, entenda a "lógica" do assalto. Bia Kicis não tem esse perfil, certamente, e por isso desperta a fúria daqueles que abandonam o feminismo para detonar uma mulher.
Foi o caso de Freixo, em campanha contra a deputada. O ex-ministro Abraham Weintraub foi direto ao ponto para apontar a hipocrisia do socialista:
A comunista Luciana Genro basicamente confessou o que todos atentos já sabem faz tempo: o feminismo não tem nada a ver com a mulher, e tudo a ver com a esquerda radical:
Já a jornalista da Folha, Mariliz Pereira Jorge, não se importou de meter raça no meio, e podemos apenas imaginar qual seria a reação da mesma esquerda e seus cúmplices da mídia se uma fala semelhante saísse da pena ou boca de uma bolsonarista:
Enquanto isso, a jovem prefeita de Bauru, uma mulher negra que também é jornalista, foi chamada de vassala por um homem poderoso, branco e rico, que se diz heterossexual. O governador de São Paulo, João Doria, é de esquerda, porém, e tem muitos "amigos" na imprensa, até porque aumentou muito a verba de publicidade e seu governo repassou R$ 100 milhões para a fundação Padre Anchieta, que controla a TV Cultura. Ninguém da patota saiu em defesa da prefeita, portanto, preferindo proteger o governador. Augusto Nunes, na revista Oeste, foi na veia ao expor o caso:
No momento da agressão a Suéllen, mulher e negra, onde estavam os movimentos feministas e antirracistas que localizam misoginia na ausência de mulheres na final da Libertadores, e enxergam um sórdido preconceito no branco das paredes nuas? O que não teriam feito se a ofendida fosse alguma militante do PT ou do Psol? Como a prefeita negra é também evangélica e conservadora, foi abandonada por esses clubes de farsantes. Para eles, gente assim não é gente. É uma não pessoa. E portanto pode ser chicoteada verbalmente por um figurão da elite branca que não consegue disfarçar o ódio a divergências e o desprezo pelo convívio dos contrários, sem o qual não existem genuínas democracias.
Clube de farsantes: o mestre acertou em cheio. É exatamente isso que melhor traduz os movimentos raciais e feministas hoje em dia. A esquerda é machista, racista, misógina, mas tem um salvo-conduto para ser tudo isso, para destilar ódio, preconceito, pois conta com a adesão de jornalistas na grande imprensa que são exatamente iguais. Mas a máscara caiu.
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