Por João Luiz Mauad, publicado pelo Instituto Liberal
Já notaram? Estatólatras e intervencionistas adoram a palavra “estratégico”. É planejamento estratégico para cá, investimento estratégico para lá, recurso estratégico acolá… E quem melhor para cuidar de tantos itens estratégicos? O Estado, claro.
Sempre que leio ou ouço esse verdadeiro mantra esquerdista (repetido aqui e ali por reacionários também), eu me lembro da saudosa Margaret Thatcher e agradeço a Deus porque o mais estratégico de todos os recursos (a comida) não está sob controle do Estado e de seus oniscientes gestores.
Recentemente, por exemplo, alguém comentou numa postagem na minha página no Facebook sobre a intenção do Governador Zema de vender uma mina de nióbio, pertencente ao estado de Minas: “Vender por vender, sem ter um planejamento estratégico de como e onde investir o que o estado irá arrecadar, parece-me uma postura meramente ideológica, só que com sinal trocado dos estatistas.”
Repararam? A postura ideológica é sempre dos outros… O cara prefere que o governo continue se endividando e pagando juros estratosféricos aos bancos a usar o dinheiro para abater a dívida ou reduzir o déficit (o que, no fim das contas, dá no mesmo). E o exemplo mais comum é o fundo norueguês com os recursos do petróleo, “guardado” para as próximas gerações.
Mal sabe ele que o melhor planejamento “estratégico” que qualquer governo pode fazer no Brasil é reduzir o déficit público e a dívida. Sem isso, a capacidade de investimento (estratégico ou não) do Estado é praticamente ZERO. A longo prazo, essa é a receita ideal para o fracasso total da economia, que aliás estamos testemunhando no momento: governos com recursos apenas para pagar a folha e meia dúzia de gastos correntes.
Mas privatizar, só com “planejamento estratégico”, seja lá o que isso quer dizer…
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