A esquerda venceu o segundo turno das eleições legislativas da França neste domingo (7)| Foto: Andre Pain/EFE
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No Reino Unido, os trabalhistas derrotaram os "conservadores" na disputa pelo Parlamento, em boa parte pela postura dos próprios "conservadores". Uso aspas pois o recado das urnas foi justamente este: o eleitor não vai passar pano para tucano disfarçado de conservador.

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As últimas lideranças do Partido Conservador cederam em vários aspectos nas pautas "progressistas" e, durante a pandemia, mostraram-se indistinguíveis dos esquerdistas autoritários. Pela traição aos valores realmente conservadores, essas lideranças foram punidas e os trabalhistas levaram a melhor.

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O enredo é conhecido. Globalistas tucanos, com medo da "extrema direita", unem-se aos comunistas e muçulmanos fanáticos. Resultado: Paris "caiu" e a submissão vem aí

Já na França foi a união entre tucanos e petistas que impediu a vitória da direita nacionalista. No primeiro turno parecia que o time Le Pen levaria a melhor, mas o tucano Macron se uniu ao petista Mélencheon para barrar a guinada à direita. Conseguiu, e arrumou um problemão para o governo.

"Todos os cenários indicam um governo enfraquecido que terá dificuldade em aprovar qualquer lei e poderão acelerar o fim do macronismo", diz O Globo. Mélenchon "representa uma esquerda mais radical que assusta boa parte do centro e da centro-direita. Agora fica em uma posição muito confortável, com muito poder diante dos resultados, mas é um personagem que causa preocupação é e traz desafios", disse Paulo Velasco, professor de Relações Internacionais na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

O enredo é conhecido. Globalistas tucanos, com medo da "extrema direita", unem-se aos comunistas e muçulmanos fanáticos. Resultado: Paris "caiu" e a submissão vem aí. As minorias serão as mais prejudicadas. Tudo em nome da "democracia" e da "diversidade". É o resultado inevitável quando o sistema todo aposta insistentemente numa narrativa de ameaça fantasma pela "extrema direita": a esquerda realmente extremista avança.

O tumulto e os confrontos com a polícia demonstram bem isso. Os radicais promovem vandalismo quando perdem e quando ganham. Querem o caos. Querem desafiar cada vez mais o sistema. Não vão descansar enquanto a bandeira francesa não for substituída pela da Palestina, ou quando os valores iluministas não forem trocados pela sharia islâmica.

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Essa nefasta aliança entre comunistas e xiitas, pelo ódio comum ao legado ocidental, é a grande ameaça concreta às democracias, mas isso acaba mascarado pelo discurso histérico do sistema contra a tal "extrema direita". A crise europeia segue a todo vapor. Na economia, o modelo de Welfare State custa caro e produz um mecanismo perverso de incentivos. E a imigração descontrolada ameaça o tecido social e alimenta a retórica nacionalista. O caldeirão vai sendo aquecido. Um dia o caldo entorna para valer...

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]