Foto arquivo: Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente da Bolívia Evo Morales| Foto: AFP

É possível que alguém ainda acreditasse no apreço pela democracia por parte de Evo Morales? Parece incrível, mas tudo é possível nesse mundo em que alguns gritam Lula Livre. Caso houvesse alguém tão ingênuo ou alienado a esse ponto, porém, agora não pode mais restar qualquer dúvida: o ex-presidente tem DNA de ditador revolucionário.

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Morales usou as redes sociais para defender a criação de milícias armadas, como acontece na Venezuela. O índio cocaleiro quer sua "guarda pretoriana" pelo visto, como Maduro possui a sua, formada por marginais cubanos e venezuelanos. Aquele que gritava "golpe" após ser escorraçado do poder depois de fraudar as urnas, resolveu apelar abertamente para um golpe.

É como o ladrão que grita "pega ladrão". Democracia a esquerdismo radical não se misturam, como água e óleo. A turma do Foro de SP nunca respeito a democracia, e basta lembrar que um dos fundadores foi justamente o regime ditatorial cubano de Fidel Castro.

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Por isso é tão patético quando essa turma extremista fala em "democracia em risco", ou "democracia em vertigem", enquanto apoia tiranos mundo afora. Como alguém que aplaude o "legado social" dos Castro, puro mito, aliás, pode falar em democracia sem corar? Como um defensor de Maduro pode bancar o democrata? Comentei sobre isso no Jornal da Manhã hoje:

A tática adaptada dos membros do Foro de SP foi destruir a democracia desde de dentro, ao contrário do que pregava Lenin. Esse caminho, inspirado em Gramsci, é ainda mais perigoso, pois mantém o verniz democrático, as aparências, que enganam - ou podem enganar os mais desavisados. Mas o risco à democracia, segundo os golpistas, vem sempre da "extrema direita", para eles qualquer coisa que não seja socialismo.

Por falar em democracia em vertigem, é curioso ver o argumento de que o "documentário" se trata de um ponto de vista legítimo, válido, ao mesmo tempo que massacraram o filme do Brasil Paralelo sobre os anos 1960 como "revisionismo absurdo". Tal relativismo não cabe. É verdade que existe alguma elasticidade interpretativa para fatos históricos, mas ela não é infinita. Fatos, afinal, existem, e eles não ligam para sua ideologia. O "documentário", portanto, é pura peça de marketing petista, como também comentei no jornal hoje:

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O resumo da ópera bufa é que se depender dos nossos "democratas" latino-americanos, fãs de carteirinha da ditadura cubana, acabaremos todos como os dissidentes cubanos, fuzilados no paredão ou nos lançando ao mar em meio a qualquer coisa que flutue para tentar fugir do "paraíso" socialista.