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Rodrigo Constantino

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Falta honestidade no debate sobre aborto

Ministra das Mulheres Aparecida Gonçalves usa argumentos da esquerda e diz que PL aumenta "criminalização de crianças e mulheres" e sai em defesa do aborto. (Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados)

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É preciso tirar o chapéu: o que falta de honestidade intelectual na esquerda, sobra de estratégia coordenada de marketing. É inegável que eles conseguiram reverter o foco e pintar os defensores do PL do aborto como insensíveis que não ligam para as pobres meninas vítimas de estupro. É tudo absurdo, claro, e quem dedica algum tempo ao assunto logo percebe. Mas muita gente não dedica esse tempo, consome as notícias de forma superficial, e acredita na narrativa esquerdista.

O PL não pretende tratar meninas abusadas que cometem aborto como criminosas piores do que os próprios estupradores. Isso é simplesmente mentira, ou Fake News, como a esquerda gosta de dizer. A esquerda também ignorou por completo em seus discursos o "detalhe" de que estamos falando de gestação após 22 semanas, ou seja, o bebê já teria condições de sobreviver fora do útero materno. Não é aborto, é feticídio mesmo. Assassinato, em linguagem clara.

O estupro é uma tragédia. Mas não precisa ser seguida de outra: o assassinato do bebê. Existe sempre a adoção, por exemplo. E a tentativa da esquerda de fazer os conservadores parecerem monstros que querem punir essas meninas mais do que os seus abusadores é abjeta.

Se o assassinato de bebezinhos pode ser banalizado com mentiras e distorções, tudo mais é possível e nada mais é sagrado

Para começo de conversa, quem poupa estuprador é a própria esquerda, que nunca votou para endurecer as penas em projetos como o de Jair Bolsonaro ou Bia Kicis – este apelidado de Lei Constantino em minha homenagem, após eu ser caluniado como alguém que teria feito apologia ao estupro só por dizer o óbvio: estupro é coisa séria demais para ser banalizado e confundido com sexo consentido que depois gera arrependimento.

Mais de 200 estupradores foram liberados sem tornozeleiras nas tais "saidinhas", que a esquerda defende. Quem poupa o estuprador, portanto? Quando a esquerda finge que se está criminalizando o aborto em qualquer etapa da gestação, deixando de lado o desenvolvimento de um bebê com mais de vinte semanas, isso prova que seu objetivo é mesmo deturpar o debate, manipular emoções e banalizar a prática do infanticídio. Para a esquerda eugenista, a vida humana não é sagrada.

Chama a atenção também como a esquerda muda de discurso de acordo com a ocasião. Para pregar o aborto em qualquer etapa da gestação, a esquerda trata adolescentes que podem votar como "crianças" incapazes de saber o que se passa. São os mesmos que defendem que uma criança de verdade, com 6 ou 7 anos, pode iniciar um tratamento hormonal ou mesmo mutilar seu corpo se achar que nasceu no sexo errado. É muita incoerência!

Alguns conservadores alegam que foi casca de banana entrar nesse debate, que a esquerda nadou de braçada e retirou o foco das trapalhadas lulistas na economia e outras áreas. Entendo o argumento, mas esta é uma das pautas mais importantes para os conservadores. Afinal, se o assassinato de bebezinhos pode ser banalizado com mentiras e distorções, tudo mais é possível e nada mais é sagrado.

Recomendo que antes de formar opinião sobre o tema, o leitor procure conversar com sobreviventes de abortos e veja vídeos da prática. Depois voltamos a conversar, com mais honestidade intelectual de quem realmente prioriza a vida humana.

Conteúdo editado por: Jocelaine Santos

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