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A CPI circense se aproxima do fim. Antes tarde do que nunca. O troço nunca deveria ter nascido, pois surgiu já como palanque para o gabinete paralelo do lulismo, de olho apenas nas eleições do ano que vem. Uma CPI que tem Renan Calheiros como relator, cujo relatório estava preparado desde o primeiro dia para incriminar Bolsonaro, não pode ser levada a sério.
Agora o relatório de mil páginas vazou para a imprensa, como tudo mais. E o teatro do G7, a cúpula lulista no comando do espetáculo medonho, não engana ninguém, por mais que os militantes disfarçados de jornalistas tentem fingir o contrário. A "briga" é porque foi incluído na lista de "crimes" algo que não há consenso.
Colocaram essa coisa ainda mais patética de genocídio indígena como bode na sala. Até o senador petista Humberto Costa disse que não dá para configurar tal crime. Como se o restante da lista fosse muito melhor! Como se responsabilizar o presidente pela pandemia fosse coisa séria. Crime de epidemia culposa? Charlatanismo? Tudo balela. Uma peça lamentável de ficção lulista.
No fundo, não importa se o relatório a ser apresentado é ou não palatável, aceitável. O conteúdo imbecil será para consumo posterior dos comparsas e vassalos de Lula. É assim que age o Renan e seus antigos auxiliares, mesmo os que perderam as eleições. E o mais triste é pensar que na velha imprensa haverá muito "jornalista" ávido por levar essa palhaçada muito a sério...
Guzzo resumiu bem: "Desonesta nas intenções, inepta na execução e irracional nas conclusões, a CPI prepara-se para acabar no mesmo clima de incompetência em que começou". Renan Calheiros, como que para ilustrar bem a inversão de valores presente nessa CPI, acaba de ser alvo de novo pedido da PGR. A Procuradoria-Geral da República pediu, nesta segunda-feira (18), ao Supremo Tribunal Federal (STF), o aprofundamento das investigações contra o senador, alvo de inquérito sobre suposta propina de R$ 1 milhão da Odebrecht em 2012. Sua lista de processos é enorme.
Picaretas corruptos tentando jogar a culpa das mortes com Covid para o governo federal e ignorando a Argentina ao lado, que derruba cada narrativa falaciosa: eis a síntese dessa CPI.