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O mundo hoje vive uma nova Guerra Fria, entre os globalistas ocidentais e os imperialistas comunistas, numa aliança instável entre Rússia e China. Esse mesmo embate é travado dentro do atual governo brasileiro, onde tucanos (globalistas) formaram uma "frente ampla" com petistas (comunistas) para se livrar da direita.

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O racha, porém, era inevitável e questão de tempo. Tucanos e petistas se toleram, mas não há espaço para todos no poder. Alexandre de Moraes, que foi do PSDB e trabalhou com Alckmin, concentrou poder demais, e Lula teme que esse poder arbitrário possa ser usado contra ele também.

Quando a deputada Tabata Amaral, cria política do bilionário Jorge Paulo Lemman, ícone do globalismo no Brasil, diz-se "frustrada" com o atual governo, lamenta a recepção do ditador comunista Nicolás Maduro com honras de estadista e alega ter "medo" do rumo do país, isso pode muito bem ser lido como um recado.

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Os editoriais do Estadão, jornal que representa o globalismo tucano na mídia, também sobem o tom contra Lula e contra o excesso de poder do ministro Alexandre. Faz sentido. Afinal, Alexandre acumulou tanto poder que ameaça até o projeto do "deep state", que em algum momento terá de oferecer sua cabeça para preservar as aparências republicanas e o próprio sistema corrupto.

Ficamos, então, assim: há três grandes forças em choque no Brasil hoje. O petismo comunista, o globalismo tucano e o indivíduo Alexandre de Moraes. Como esse foi visto pelo sistema como um instrumento para derrubar Bolsonaro, ainda pode ser útil contra Lula também. Mas se eu posso interpretar isso, claro que o PT também pode.

Por isso haverá tensão do começo ao fim neste governo. É uma aliança bem instável, em que ninguém confia em ninguém e se uniu só para expelir Bolsonaro e regressar com a pilhagem da coisa pública. Mas o butim não basta para saciar todos. O foco é mesmo o poder, e aqui não há espaço para todo mundo. É onde o bicho vai pegar, e somente um grupo poderá vencer essa batalha.

E o povo? Bem, o povo sempre é "convidado" para pagar o pato. Mas há um "problema": com o advento das redes sociais, esse povo descobriu sua força e se interessou por política. Não é tão raro ver tias do Zap ou tiozões do churrasco falando em globalismo ou ameaça do Foro de SP nas redes sociais. Algo mudou desde 2013. E por isso o sistema faz de tudo para impor a censura e intimidar o povo, criminalizando manifestações e a própria direita.

Em algum momento, contudo, o povo poderá redescobrir sua força e sair às ruas. Talvez o ingrediente faltante seja uma crise econômica. Resta saber se até lá os comunistas já não terão vencido a guerra e transformado o Brasil numa Venezuela. Ninguém pode ser ingênuo a ponto de pensar que Dirceu está vendo tudo isso parado, curtindo a vida doce de milionário. O "Daniel" foi treinado em Cuba e não brinca em serviço.

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O que vamos descobrir em breve é quem tem mais poder: essa turma comunista ou os globalistas que controlam o sistema, com seus despachantes do centrão fisiológico. Façam suas apostas... e preparem o bolso para pagar pela montanha de recursos públicos que ambos os lados vão utilizar nessas batalhas para cooptar aliados prostituídos.