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Rodrigo Constantino

Rodrigo Constantino

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Gloria Maria foi uma grande jornalista

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A jornalista e apresentadora Glória Maria morreu na manhã desta quinta-feira (2), no Rio de Janeiro, aos 73 anos. Ela estava em tratamento para combater metástases cerebrais de um câncer, diagnosticado em 2019, inicialmente no pulmão. A causa da morte da apresentadora ainda não foi confirmada. “É com muita tristeza que anunciamos a morte de nossa colega, a jornalista Glória Maria”, informou a TV Globo, por meio de nota.

Glória estava afastada das telinhas desde agosto do ano passado, quando foi exibida sua última participação no Globo Repórter, programa em que trabalhou por mais de uma década. “Em 2019, Glória foi diagnosticada com um câncer de pulmão, tratado com sucesso com imunoterapia. Sofreu metástase no cérebro, tratada em cirurgia, também com êxito inicialmente”, acrescenta a nota.

A Gazeta do Povo destacou parte da carreira de sucesso da jornalista, incluindo seu pioneirismo em diversas ocasiões:

Ícone do jornalismo brasileiro, Glória Maria foi a primeira a entrar ao vivo no Jornal Nacional, em 1977, e protagonizou momentos históricos em suas reportagens, tendo visitado mais de 100 países. Em Washington, cobriu a posse de Jimmy Carter e, no Brasil, entrevistou presidentes durante o regime militar, como João Baptista Figueiredo.

Em 1986, a jornalista passou a integrar a equipe do Fantástico, que apresentou de 1998 a 2007. Durante esses anos, Glória viajou para lugares exóticos e entrevistou celebridades, como Michael Jackson e Madonna.

Durante sua trajetória profissional, cobriu a guerra das Malvinas, em 1982, os Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, e a Copa do Mundo na França, em 1998.

Em 2007, Glória Maria e o repórter cinematográfico Lúcio Rodrigues realizaram a primeira transmissão em HD da televisão brasileira, para o Fantástico.

Agora cabe perguntar: com um baita currículo desses, será que é preciso focar quase exclusivamente na cor de sua pele? Pois foi justamente o que fez a mídia em geral. Folha de SP, Estadão e Globo deram destaque ao fato de Gloria Maria ser uma jornalista negra, sendo que essa característica parece irrelevante perto de seu trabalho como boa jornalista, ponto. A imprensa acaba expondo sua obsessão pela pauta identitária, pois enxerga racismo em tudo.

Mas não era assim que a própria jornalista encarava a questão...

Precisamos de mais jornalistas como Gloria Maria. Não exatamente pela cor da pele, que não deveria ser o critério relevante, mas sim por seu talento, seu carisma. Infelizmente, os principais veículos de comunicação estão repletos de militantes ideológicos, de "lacradores", de quem só consegue enxergar a agenda identitária pela frente. Por isso o jornalismo agoniza...

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