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A extrema direita assusta. Os nacional-populistas precisam ser impedidos de seduzir massas revoltadas. A prioridade deve ser salvar as democracias liberais do Ocidente, de gente como Trump e Bolsonaro. Para tanto, regular as redes sociais é medida fundamental. Impor a censura para resguardar as democracias: eis o lema! Os jornalistas aplaudem.
Está cheio de golpista tabajara por aí, afinal. Veja a Venezuela, que teve até um golpista de extrema direita, um tal de Juan Guaidó, resolvendo que era o presidente no lugar do verdadeiro e legítimo presidente. Mas o companheiro democrata Maduro conseguiu afastar essa ameaça golpista e a Venezuela desfruta, hoje, de excesso de democracia, segundo Lula.
Gente do porão pensa em usurpar nossas democracias, e isso não pode ser tolerado. Nem que seja preciso calar vozes de jornalistas, criar o crime de opinião, prender de forma arbitrária apoiadores dessa turma do porão, congelar contas bancárias, cancelar passaportes. São medidas duras, radicais até, mas necessárias para proteger as liberdades. Não se faz uma omelete sem quebrar uns ovos...
A regulação das redes sociais precisa ser internacional. Não dá para proteger as democracias só no Brasil, com censura e prisões arbitrárias. Como podem os americanos não se darem conta da importância desses passos autoritários para proteger as liberdades? Não viram o 6 de janeiro no Capitólio? E vão manter a liberdade de expressão mesmo assim? Não entenderam nada, esses americanos! Se ao menos tivessem juízes supremos mais ativos na luta pela democracia...
Para salvar a democracia, o caminho está claro: impedir a manifestação de ideias da direita, tirar as armas dos cidadãos, criar o crime de opinião, avançar com o Poder Judiciário sobre o Legislativo quando este se mostrar omisso, tudo isso enquanto solta corruptos com malabarismos jurídicos. O Brasil vem dando um show de democracia, a ponto de matar de inveja os americanos! Mas ainda temos alguma inveja dos companheiros venezuelanos, temos de confessar...