Por Roberto Rachewsky, publicado pelo Instituto Liberal
Greta Thunberg, como eu já disse, mereceu o destaque de personalidade do ano.
Ela é a síntese de uma geração de jovens sensíveis que surtam quando seus caprichos lhes são negados, inclusive pela força da própria natureza.
Não podem ser contrariados, não podem ser sequestrados do seu mundo fantástico imaginário, não podem ser despertados para e pela realidade dos fatos.
Ao menor desconforto, perdem as estribeiras e atacam com a raiva indefectível contida na expressão “how dare you?”, “como ousas?”.
Nas longas discussões ideológicas em que me engajo aqui no Facebook, as “gretas” aparecem com frequência.
Quando não agridem verbalmente no clássico estilo ad hominem, tecem longas e sofismáticas hipóteses para ver se me ganham no cansaço.
Esses últimos, pelo menos, usam de argumentos para defender suas crenças e não os enfastiantes xingamentos que vão desde me mandarem estudar mais com direito à bibliografia básica própria.
Bem, recorrer à autoridade, dizer que a maioria pensa de tal jeito porque afinal é mainstream, dizer que sempre foi assim, dizer nunca foi assim, são recursos usados insistentemente.
Muitos amigos, quando eu os encontro na rua, me perguntam antes de quererem saber se vou bem: “como tu tens paciência?”.
Eu não tenho paciência. Eu trabalho arduamente para defender o que eu acho certo e verdadeiro, com o bônus de me divertir.
Vocês acham que eu debato longamente porque eu tenho paciência?
How dare you?
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