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Rodrigo Constantino

Rodrigo Constantino

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Greve é mais um motivo para privatizar metrô em SP

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Funcionários da Companhia de Saneamento Básico do estado de São Paulo (Sabesp), do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) começaram um movimento grevista nesta terça-feira (3). O cerne da paralisação é se opor ao pacote de desestatização de serviços proposto pelo governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Apoiados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e por parlamentares de esquerda, os sindicatos se mobilizam contra o pacote de privatização da administração estadual, sob o argumento de tarifas mais caras e piora na prestação de serviços, além de temerem demissão em massa. Porém, exemplos recentes no próprio estado de São Paulo divergem da versão sindical.

"Essa unificação da luta é muito importante para que a gente consiga derrotar o plano privatista do Tarcísio, o herdeiro do bolsonarismo aqui de São Paulo”, diz grevista do Metrô. Basta olhar o "naipe" dos grevistas, em especial dois que gravaram um vídeo que tem circulado bastante, para ver que se trata de um movimento coordenado pela turminha socialista do Boulos.

Nesta segunda-feira (2), Tarcísio respondeu que a paralisação convocada pelos sindicatos é "ilegal, política e abusiva". Em comunicado, o governador disse:

Sobre a greve anunciada para esta terça-feira, 3 de outubro, pelos sindicatos dos trabalhadores do Metrô, CPTM e Sabesp, o Governo de São Paulo reforça que esta é uma greve ilegal e abusiva, a qual torna refém a população que precisa do transporte público. É absolutamente injustificável que um instrumento constitucional de defesa dos trabalhadores seja sequestrado por sindicatos para ataques políticos e ideológicos à atual gestão. É importante esclarecer à população que a greve não foi convocada para reivindicar questões salariais ou trabalhistas, mas sim para que os sindicatos atuem, de forma totalmente irresponsável e antidemocrática, para se opor a uma pauta de governo que foi defendida e legitimamente respaldada nas urnas.

Os "argumentos" da esquerda radical contra as privatizações são os mesmos de sempre, em que pese a história comprovar a falácia deles. Em Privatize Já, mostrei inúmeros casos concretos de vantagens das privatizações, tanto para os consumidores como para os funcionários que efetivamente trabalham e para os pagadores de impostos.

Apresentei também os sólidos argumentos teóricos em favor das privatizações. O mecanismo de incentivos é o mais robusto deles, já que esses funcionários grevistas tentam defender apenas os seus interesses, além do jogo político de seus aliados que adoram uma estatal para chamar de sua e usar em esquemas de corrupção e poder.

Não há qualquer razão para manter tais empresas como estatais. E essa greve que tanto prejudica a vida do cidadão paulistano, do trabalhador que precisa se locomover para chegar ao trabalho, é mais uma prova disso. A greve representa só um aperitivo do que acontecerá se o comunista Boulos chegar ao comando da cidade de SP, quiçá ao governo do Estado um dia.

Tarcísio tocou no cerne da questão sobre os métodos desses esquerdistas radicais: "A esfera de debate para privatização são as audiências públicas e não por meio da ameaça ao impedimento do direito de ir e vir do cidadão. É por meio do processo de escuta de diálogo das desestatizações que os sindicatos contrários devem se manifestar, de forma democrática, convencendo atores políticos e a própria sociedade de que a proposta do Governo de São Paulo não é a ideal. Infelizmente, aqueles que deveriam representar os trabalhadores preferem agir de forma truculenta, promover o caos e prejudicar toda a população".

A esquerda não liga para o povo, para o trabalhador de verdade. Está de olho apenas no poder e nos recursos das estatais para utilizar em causa própria. Que o governador mantenha sua firmeza contra esses que exploram o caos para vantagens pessoais.

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