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Paul Krugman é a prova de que um Ph.D. ou mesmo um Prêmio Nobel pode defender verdadeiras barbaridades. Krugman já defendeu, diante de um perplexo Kenneth Rogoff, gastos públicos para uma hipotética defesa contra alienígenas, apenas para “estimular a economia”. Gastos inúteis desviando recursos escassos, eis a fórmula para sair da crise. Contratar gente para cavar buracos, depois gente para tampá-los. Só um Ph.D. poderia defender algo assim!

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Mas não é só: em 2002, quando a economia americana sofria com os ajustes do estouro da bolha de tecnologia, Krugman escreveu um artigo afirmando que Alan Greenspan, então chairman do Fed, o Banco Central americano, deveria criar uma bolha imobiliária para estimular o consumo. Não há espaço para interpretações ambíguas; a linguagem não poderia ser mais clara: “Alan Greenspan needs to create a housing bubble to replace the Nasdaq bubble”.

Às vezes é preciso ter cuidado com aquilo que desejamos. Mas perguntem se isso fez com que o economista adotasse postura mais humilde diante das crises? Não! Ele não seria um típico esquerdista se fizesse isso. Quando veio a crise de 2008, justamente o estouro da bolha imobiliária que ele demandou de Greenspan, o que fez Krugman? Culpou… o livre mercado! E a solução proposta? Ora, mais estímulos monetários e juros baixos, para criar uma nova bolha!

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O que tivemos? Bolhas nos mercados emergentes, incluindo o Brasil. Agora, está ficando claro que é hora do ajuste doloroso. O que fez Krugman? Em artigo traduzido no GLOBO de hoje, ele pede mais estímulos e juros baixos, e culpa… o livre mercado! Sua cara-de-pau é realmente espantosa. Ele diz:

Resumindo: a principal lição desta era de bolhas — uma lição que Índia, Brasil e outros estão aprendendo mais uma vez — é que quando o mercado financeiro fica livre para fazer seu negócio, ele cambaleia de crise em crise.

Aprendemos com a história que poucos aprendem com a história. Krugman é um caso típico. Não tem a menor cerimônia em insistir nos mesmos erros, em fingir que o passado não existe, ou que não disse o que disse antes. Para quem tem somente um martelo, tudo se parece com prego.

Krugman tem só um martelo: estímulos monetários. Para ele, essa é a solução para tudo. E quando essa medida dá errado, como inexoravelmente ocorre, ele joga a culpa para o mercado e pede… mais estímulos monetários. Seria até cômico, se não fosse tão trágico e se a imprensa não desse, ainda, tanto espaço para esse senhor. O que falta estourar, pelo visto, é a bolha do Krugman.