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A “dolce vita” de nossa esquerda milionária
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Então é preciso ser pobre para ser de esquerda? Eis a pergunta que muitos fizeram após minhas críticas à “esquerda caviar“. Não, o sujeito não precisa ser um pobretão para ser de esquerda. Mas quem não consegue enxergar incoerência em quem adota um discurso “igualitário” radical ou mesmo anticapitalista, condenando com veemência a “ganância”, o “individualismo” e o “lucro”, e depois vive como o mais rico dos nababos ou o mais magnata dos capitalistas, então sofre de sérias falhas cognitivas.

Nossa esquerda, via de regra, simplesmente ama a “dolce vita” que só mesmo o capitalismo pode oferecer. Cuba, igualdade de resultados, socialismo, “justiça social”, tudo isso não passa de discurso oportunista para engambelar os incautos, ou então tentativa de autoengano para “expiar” o próprio sentimento de culpa. Na prática, as ações dessa ala esquerdista são de causar inveja nos mais gananciosos e individualistas dos ricaços materialistas.

Vejam, por exemplo, o ator da TV Globo José de Abreu. O camarada do criminoso e seu xará José Dirceu simplesmente amealhou sua razoável fortuna trabalhando na emissora que é considerada o próprio capeta pela esquerda radical. Não importa. Após uma década casado, o ator se separou e resolveu tirar um ano sabático. Vai para a Cuba que lhe pariu? Não, claro que não. Vai morar em Paris, capital mundial da gauche caviar.

Os tucanos são acusados de representar as “elites”, os ricos. Mas, como mostrei aqui ontem, o PT tem metade das candidaturas mais caras do país. O candidato mais rico de todos é do PMDB e aliado de Roberto Requião, um nacionalista radical e esquerdista igualmente radical, aliado dos “movimentos sociais” como o MST. É um herdeiro (elite culpada?) com patrimônio de quase um bilhão de reais. E se diz um eleitor do PSTU, PSOL e PT!

O que fica claro é que essa turma dá muito mais importância ao discurso do que à prática, às aparências em vez de ao que é efetivamente feito. Falam em nome dos mais pobres, condenam o lucro, a ganância, os ricos, mas querem acumular cada vez mais capital com muita ganância para viver como magnatas capitalistas.

O maior ícone deles é Fidel Castro, líder socialista, mas que na verdade não passa de um nababo do Caribe, uma espécie de senhor feudal escravocrata em pleno século 21. E, claro, seu maior aprendiz tupiniquim é Lula, o metalúrgico, o “homem do povo”, que gosta de tecidos egípcios, carro exclusivo para a cadelinha, viajar de jatinho para todo lado. Eis sua pescaria:

Lula pescador

A cara do povão, não é mesmo? O problema do Brasil não é a tal “elite branca”, e sim a elite vermelha!

Rodrigo Constantino

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