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A “estranha” brasileira da ONU. Ou: O PT internacionaliza suas lambanças ideológicas
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A brasileira Raquel Rolnik, da ONU, criou bastante confusão no Reino Unido após ideologizar um relatório sobre as moradias sociais no país. Em vez de se reunir com ministros e oficiais responsáveis pelo programa, ela foi logo acusando o governo e usando a expressão pejorativa criada pela oposição de esquerda para desqualificar as medidas como “ameaça aos pobres”.

Rolnik foi acusada de marxista, o que para ela certamente é elogio. E a diplomacia inglesa tentou acalmar os ânimos. Comunicados internos que vazaram mostram que um balde de água fria foi jogado. Avisavam que Rolnik havia pedido desculpas por ter usado o termo “Bedroom Tax”, e que não tinha a intenção de fazer um ponto político com a questão, o que ela reconhece que seria inaceitável para a ONU.

O governo, nesses comunicados, diz que as críticas ácidas de alguns da imprensa afligiram Rolnik, e que não eram, de forma alguma, a visão oficial das autoridades. Mas, antes de assinar esses memorandos condenando a reação fortemente negativa a Rolnik, Karen Pierce, representante do Reino Unido na ONU em Geneva, estava tão furiosa quanto os mais raivosos da imprensa.

Conforme email vazado e divulgado na The Spectator, Pierce estava perplexa com a atitude de Rolnik. Eis a mensagem enviada para o departamento de relações exteriores:

The reaction here from UN agency heads and otjers [sic] has been who is that strange woman; why is she talking about bedrooms and why on earth do we have a UN Housing Rapporteur. So to a certain extent this is beginning to speak for itself. Which is helpful.

Ou seja, segundo ela, os chefes da agência, espantados, pensaram: “quem é essa mulher estranha?”, e “por que ela está falando sobre quartos?”. Pierce ainda emendou: “Eu vou falar com ela e mostrar a inconveniência para sua credibilidade de entrar em debate político sem estar na posse dos fatos”. Como diz a revista, um pouco tarde para isso, pode-se argumentar.

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