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A incompetência da Infraero
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Deu no Valor: TCU aponta paralisações e atrasos em obras de aeroportos da Infraero

O Tribunal de Contas da União (TCU) acaba de concluir um diagnóstico preocupante sobre a evolução de obras tocadas pela Infraero nos 67 aeroportos que a estatal administra em todo o país. A auditoria do tribunal, a qual Valor teve acesso exclusivo, foi realizada em junho. De acordo com os auditores, dez aeroportos da Infraero estão com contratos paralisados: Santarém (PA), Porto Alegre (RS), Macaé (RJ), Santos Dumont (RJ), Goiânia (GO), Vitória (ES), Marabá (PA), Macapá (AP), Salvador (BA) e Aracaju (SE).

Essas paralisações têm causas diversas, mas, invariavelmente, a origem dos problemas está em deficiências graves verificadas em projetos de engenharia, atrasos na execução do objeto contratado, descumprimento de cláusulas contratuais e superfaturamento.

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No aeroporto do Galeão, a execução de obras e serviços de engenharia para alargamento de pista e recuperação de pátio teve seu prazo de conclusão dobrado, com o acréscimo de 27 meses para entrega do empreendimento. O custo subiu em R$ 12,9 milhões, acréscimo de 20% sobre o preço original. Em mais de 90% dos contratos aditivados, aponta o TCU, a causa está relacionada à necessidade de alteração técnica do projeto, ou das quantidades previstas.

Quem já leu meu livro Privatize Já não esboçará surpresa alguma com a notícia. Esse é o padrão esperado de uma estatal: lentidão, atrasos, irregularidades, superfaturamento, prioridades questionáveis etc. Faltam sócios atentos tanto ao desperdício dos próprios recursos quanto ao bom atendimento dos clientes, de quem o lucro depende.

A Infraero conseguiu transformar os aeroportos brasileiros em verdadeiras rodoviárias. O quadro é precário em vários locais. A saída é uma só: privatização! E o ideal era privatizar a Infraero de uma vez. Governo não tem nada que ser gestor de aeroportos. A iniciativa privada fez isso de forma bem mais eficiente.

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