Era só o que faltava mesmo. Vereadores de São Paulo aprovaram projeto que proíbe a venda de fois gras! Vejam:
Os vereadores aprovaram nesta quinta-feira (3) um pacote com 38 projetos, dentre eles o PL 537, do vereador Laércio Benko (PHS), que “proíbe a produção e a comercialização de foie gras (patê de fígado gordo de ganso, iguaria típica da culinária francesa) e artigos de vestuário feitos com pele animal no âmbito da cidade de São Paulo.”
Pelo texto do projeto, aprovado em primeira votação, fica proibida na capital a produção e comercialização de foie gras, in natura ou enlatado, e a comercialização de artigos de vestuário oriundos de pele de animais, em estabelecimentos comerciais.
Em caso de descumprimento, o comerciante poderá ser multado em R$ 5.000,00. Em caso de reincidência, o valor dobra. O projeto para vigorar depende de aprovação em segunda votação pela Câmara e, depois, da sanção do Prefeito Fernando Haddad.
PHS? São 32 legendas, confesso que essa eu não conhecia, ou não lembrava. O que é? Partido da Higiene Social? Partido da Horta Sustentável? Partido da Horda Socialista?
Não é a primeira peripécia do vereador em relação a animais. Como lembra o blog do Estadão:
Benko apresentou o projeto logo após se envolver em outra polêmica. Umbandista, o vereador defendeu no plenário do Legislativo, no dia 7 de agosto, o uso de animais em rituais do candomblé. Ele criticou a proposta do deputado estadual Feliciano Filho (PEN), apresentada na Assembleia Legislativa no ano passado, que proíbe o sacrifício de animais em todo o Estado.
Contrário ao foie gras, Benko, porém, argumenta que não existe sacrifício, e sim a imolação dos animais “em religiões de matrizes africanas.” O parlamentar diz que são usados bodes e galinhas, e nunca animais como cachorros e gatos.
Ou seja, sacrificar galinhas para rituais do candomblé tudo bem, mas matar o ganso para comer seu fígado não pode. Contradição pouca é bobagem.
O que chama a atenção mesmo é até onde vão as leis produzidas por nossos políticos. Chegaram até os detalhes do nosso prato.
Outra tendência preocupante é que em breve os animais terão mais direitos que os seres humanos. São os malucos da PETA fazendo escola.
Por fim, gostaria de mostrar indignação também porque, dessa vez, foram longe demais. Mexeram com a esquerda caviar! Tenho um amigo advogado que rejeitou o rótulo porque disse não gostar de caviar. Preferia ser chamado de esquerda fois gras. E agora?
Só falta os vereadores proibirem a venda de caviar! Antes que isso ocorra, sugiro que Chico Buarque organize o mais rápido possível um manifesto contra esse absurdo. A esquerda tem o direito de defender Cuba de suas luxuosas coberturas do Leblon, entre um gole de legítima champanhe e outro, para ajudar na degustação da fina iguaria.
Que proíbam frango à passarinho, vá lá. Que vetem rabada ou dobradinha, a gente até entende. Mas proibir a venda de fois gras é demais. Não mexam com a esquerda caviar!
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS