No dia 22 de abril de 1870* nascia Vladimir Ilyich Ulyanov, mais conhecido como Lênin, o líder da Revolução Soviética. Filho de classe média alta e até nobre, Lênin seria o responsável por uma das maiores desgraças da história da humanidade. Muitos ainda tentam defender seu legado, jogando a culpa do fracasso e da violência comunista apenas em Stalin, mas erram feio: o “pai” da revolução era igualmente psicopata.
Algumas declarações do líder bolchevique, recuperadas após a abertura dos documentos soviéticos e reunidas em O livro negro do comunismo, demonstram o quão pacífico era esse senhor:
Toda a essência do nosso trabalho visa à transformação da guerra numa guerra civil. Não podemos prometer a guerra civil, nem decretá-la, mas temos o dever de trabalhar – o tempo que for necessário – nessa direção.
Enquanto não aplicarmos o terror sobre os especuladores – uma bala na cabeça, imediatamente – não chegaremos a lugar algum!
É chagada a hora de levarmos adiante uma batalha cruel e sem perdão contra esses pequenos proprietários, esses camponeses abastados.
Camaradas! O levante kulak nos cinco distritos de sua região deve ser esmagado sem piedade. É necessário dar o exemplo. Enforcar, e digo enforcar de modo que todos possam ver, não menos que cem kulaks.
Haja pacifismo! Haja sentimento nobre! Na verdade, Lênin tinha sede por vingança, violência e poder. Ele desejava uma guerra civil. Os anos dos czares na Rússia foram cruéis, e uma revolta popular era o caminho lógico. Porém, em 1917, a tomada do poder foi tão fácil que uma luta armada nem se fazia necessária. Os bolchevistas deram na verdade um golpe dentro do golpe, e partiram para a instalação do terror.
Para se ter uma rápida ideia em números, de 1825 a 1917, menos de 4 mil pessoas foram executadas, quantidade esta já ultrapassada pelos bolchevistas após quatro meses no poder. Os kulaks, pequenos proprietários de terras, seriam praticamente dizimados da Rússia. Entre 10 a 15 mil execuções sumárias ocorreriam em dois meses somente, sob ordens da Tcheka. Em poucas semanas, eles já teriam executado três vezes mais pessoas do que todo o império czarista havia condenado à morte em 92 anos!
Vários massacres foram acontecendo de forma ininterrupta na década de 1920. Em Criméia, pelo menos 50 mil civis foram aniquilados pelos bolchevistas em dois meses em 1920. A troiki, que eram tribunais de descossaquização, condenaram à morte mais de 6 mil cossacos nesta época. Suas casas eram destruídas e as terras eram distribuídas entre os membros do partido. Em regiões cossacas onde houve oposição aos bolchevistas, populações inteiras foram mortas, totalizando mais de 500 mil vítimas em apenas dois anos nas regiões do Don e Kuban, cuja população total não ultrapassava 3 milhões.
Outra arma muito utilizada pelos bolchevistas foi a fome. Eles simplesmente cortavam o fornecimento de comida para determinadas regiões, matando de fome populações inteiras. Pelo menos 5 milhões de pessoas, numa estimativa conservadora, morreram de fome em 1921 e 1922 apenas! A era de Stalin não iria deixar por menos, e entre 1932 a 1933 mais de 6 milhões de pessoas iriam morrer de fome também.
As perseguições não eram seletivas, e praticamente qualquer um poderia se tornar uma vítima do rolo compressor vermelho. “Burgueses”, “capitalistas”, pequenos proprietários, membros da Igreja, participantes de outros partidos, enfim, qualquer um que não fizesse parte dos bolchevistas era alvo potencial. Em 1936, por exemplo, mais de 70% das igrejas locais haviam sido destruídas.
Lênin foi o grande cérebro por trás desse extermínio todo. Inspirado em Marx, desenvolveu a tese (absurda) de que o imperialismo era a extensão natural do capitalismo, e que para conter esse avanço era preciso uma revolução armada que criasse a ditadura do proletário. O resultado foi tal tragédia sem precedente na história. Hitler iria inclusive se inspirar nos campos de concentração soviéticos.
Como fica claro, Lênin não era um idealista em busca de justiça e paz, mas um psicopata, um alienado revoltado, incapaz de lidar com a morte de seu irmão, enforcado após tentativa de assassinar o czar, disposto a sacrificar milhões de vidas inocentes no altar de sua utopia, uma escapatória para seus problemas psicológicos. O comunismo nasce do desvio mental e de caráter, e Lênin comprova isso com perfeição.
Stalin e Hitler são abominados pela imensa maioria das pessoas (à exceção de um ou outro crápula ou idiota útil, como era o caso de Oscar Niemeyer, defensor do carniceiro soviético até o final de sua longa vida). Mas Lênin, por ignorância, acaba poupado, até mesmo defendido por muitos ainda. Deveriam conhecer melhor sua trajetória, para eliminar qualquer dúvida remanescente: tratava-se de um verdadeiro assassino psicopata.
* Na verdade, nasceu no dia 10 de abril pelo calendário gregoriano e 22 de abril pelo juliano.
Rodrigo Constantino
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