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O jornal Zero Hora desta segunda publicou o balanço referente a 2013 da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (CESA), empresa estatal controlada pelo governo do Rio Grande do Sul. É um espanto! Uma desgraça!

A receita do ano de 2013 foi de R$ 23,5 milhões, o prejuízo do ano foi de R$ 62,6 milhões! A empresa tem obrigações a pagar de curto e longo prazos no valor de R$ 431 milhões e um patrimônio líquido negativo de R$ 232,1 milhões, com prejuízo acumulado de R$ 493,5 milhões. Isso faturando apenas R$ 23,5 milhões ao ano, podemos estimar que cada dia será maior o rombo.

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Segundo uma análise publicada no blog de Políbio Braga, a causa desse descalabro foram as sentenças judiciais e cíveis, num montante de R$ 45,9 milhões, onze vezes o valor apurado no exercício anterior, quando alcançou R$ 4,2 milhões. De onde vem tanta ação judicial? Estamos falando de uma indústria de ações trabalhistas aqui, pelo visto. Diz a análise, de Darcy Francisco Carvalho dos Santos:

O montante dos prejuízos acumulados  em 2013 atingiu a expressiva soma de R$ 493,5 milhões! Logicamente que a causa disso são as ações trabalhistas. Como o Tesouro do Estado acaba assumindo esses prejuízos, isso significa que estamos transferindo para poucos privilegiados os recursos que poderiam ser aplicados em educação, saúde e segurança ou que poderiam ficar em poder da sociedade para aplicar no desenvolvimento econômico.

Além disso, tentou-se buscar junto ao Parecer Prévio do Tribunal de Contas a situação da empresa em exercícios anteriores, mas não foram apresentados balanços relativos aos exercícios de 2010, 2011 e 2012. É uma bagunça! Não custa lembrar que em 2013 a empresa anunciou novo presidente, um vereador do PT, justamente para tentar reverter o quadro lamentável.

O retrato da estatal é o mesmo do desgoverno do estado. O que o petista Tarso Genro tem a dizer? Por que a empresa não é logo privatizada para estancar a sangria dos cofres públicos? A quem interessa manter este verdadeiro armazém de prejuízos em mãos estatais?

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Rodrigo Constantino